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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

«Trotski - O Profeta Banido» - Isaac Deutscher








«TROTSKI - O PROFETA 
                       BANIDO» 
                 (1929-1940)
      ISAAC DEUTSCHER

Tradução de VALTENSIR DUTRA
Edição ilustrada
Desenho de capa: Marius Lauritzen Bern
DOCUMENTOS DA HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA
Volume 41b (561 págs.)
EDITORA CIVILIZAÇÃO BRASILERA
RIO DE JANEIRO, 1968
Título original: 
   ´THE PROPHET OUTCAST`
                   TROTSKY: 1929-1940
OXFORD UNIVERSITY PRESS, 1963




«SOMOS SEMELHANTES A HOMENS QUE TENTARIAM ESCALAR UMA MONTANHA E SOBRE OS QUAIS DESABARIAM SEM CESSAR AVALANCHES DE PEDRAS E DE NEVE»
                                                                                                            LEÃO TROTSKY. 1939



De facto, Trotsky quando no exílio, teve a notícia da capitulação dos seus companheiros de luta,
especialmente os da ´Oposição de Esquerda`, na luta contra J. Estaline escreveu no seu diário:
´Eu creio que neste momento, apesar de extremamente insuficiente e fragmentário, exerço a tarefa mais importante da minha vida; ainda mais do que em 1917 e na guerra civil`.
Esta nota é a afirmação peremptória de que jamais capitularia! Não abandonaria o terreno do combate. Caminharia até ao termo dando a sua vida, como de facto aconteceu.
O maior elogio que lhe poderia ser feito veio da boca de um adversário, Bukharini, sentenciado à morte no Processo Píblico de 1938; depois de uma altercação com o Procurador-Geral, Vychinski, a propósito da Lógica de Hegel, proclamou com desassombro: ´É preciso ser Trotsky para não desistir!`
Este terceiro volume - ´O Profeta Banido` , compreende o período de 1929 a 1940, isto é, desde a sua chegada à Turquia (Ilha de Prinkipo, no Mar da Mármora) até ao seu assassinato em Coyacan, México, pais cujo presidente, Lazaro Cardenas, teve a generosidade de receber o ´homem sem passaporte`! 
São os anos mais árduos, difíceis e heroicos da vida de L. Trotsky. Não se trata de um qualquer revolucionário banido do seu país. Trata-se daquele que dirigiu a revolução russa e levou os bolchevistas ao poder.
Não é coisa do acaso que o jornal da ´Action Française` se tenha regozijado com a sua morte e tenha elogiado Estaline por ter eliminado ´esse hebreu`.
Exilado, mantém-se fiel à União Soviética e apoia a sua defesa incondicional . É o bastante para se unirem contra ele a burguesia das nações de democracia liberal, os fascistas e a Rússia de Estaline!
Trotsky não se deixa silenciar, apesar da pressão que vem de todos os lados. A ação de esclarecimento sobre os crimes de Estaline antecipa em muitos anos as denúncias de Kruschev e de Chelepine, respetivamente nos XX e XXII Congressos do PCUS (1956 e 1961).
Forma-se a ´Comissão Dewey` que prova as falsificações e embustes dos processos de Moscovo. É a  partir dos EUA  que será mais apoiado, pois o país de John Reed tem uma esquerda de número reduzido, mas muito esclarecida e é nessa democrática nação que se formou o maior partido da ´linha` política de Trotsky, aderente à IV Internacional e seguindo o documento guia dessa organização, o ´Programa de Transição` : o ´Socialist Workers Party`!
Trotsky será assassinado na sua residência de Coyacan por Ramon Mercader, aliás Frank Jackson ou ainda Jacques Monard...
Da Rússia à Turquia, à França e à Noruega...morre no acolhedor México em Agosto de 1940. 
O  assassino, libertado em 1960, partiu em direção à URSS, com escala em Cuba, sendo condecorado como herói da URSS!

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