Número total de visualizações de páginas

domingo, 9 de janeiro de 2011

«José António Primo de Rivera»




«José António Primo de Rivera»
por José Miguel Alarcão Júdice

Coleção Antologias Cidadela
Coimbra - 1972
271 pags

Direção de Goulart Nogueira 


«Esta coleção publicará trechos de Autores que, ao longo dos tempos e através dos países, exprimiram verdades eternas, combateram o erro, procuraram justeza, ou às vezes tatearam e iniciaram posteriores conquistas e reconquistas acertadas; autores que foram, na sua época, manifestos de uma linha de sentimento e de pensamento que devemos, hoje, restaurar.

Próximo, ainda, palpitante, com uma fala que mais integralmente nos diz coisas, José António insere-se naquela linha. Uma fala de homem de hoje, de poeta, de mártir, de jovem. A morte estancou-o, violentamente, sangrentamente, em plena juventude. E ele, então, esqueceu asas vitoriosas e desenrolou por espaços e planuras as bandeiras da sua voz. Com ele, nele, encontra-se um testemunho exemplar. Viveu e lutou no nosso tempo, repensou verdades eternas a que deu as necessárias formas atuais, recolheu uma validez universal que entendeu na realidade da sua Nação. 

Soube ser um intelectual, sem fugir para o intelectualismo, sem se tornar um ´puro intelectual` , olímpico, um ´literato` de passeio`. Foi um doutrinador, mas a doutrina recebeu-a não só das leituras, sim também da voz do sangue e da História, corrigiu-a e desenvolveu-a ao contacto do real e da ação, autentificou-a com a vivência combativa e com o sacrifício da morte. Foi um poeta, ao sentir a Poesia da ação, da Ordem dinâmica e harmónica, da Pátria, e insuflado tudo isso numa orgânica e numa prosa iluminada de maravilhamento e idealismo.

José António defendeu o Estado como forma total, como forma da Nação, e não como carapaça, como simples aparelho governativo ou administrativo. Elogiou a Ordem, a harmonia real, orgânica, viva e fecunda, não uma estéril e deformadora obediência a qualquer poder. Louvou a disciplina e a hierarquia, mas na indispensável Justiça Social. Aceitou a autêntica fidalguia (não a dos ´señoritos`), a aristocracia, as ´elites`, os escóis, mas com o amor e o valor do povo (não das massas). 

Quiz a tradição, mas não o conservadorismo. Foi revolucionário, mas não partidário da sedição egoísta, ambiciosa, libertária, do negativismo ou da anarquia. Exaltou a sua Nação, mas considerou que a Nação é ´uma comunidade de destino no universal`, e, portanto, igualmente, nisso, as outras nações se legitimam. 

José António - eis um pensador e um guerreiro do seu país e deste século. Deu este século ao seu país e o seu país a este século. 
Bem está por conseguinte, que esta coleção comece por José António.»

G. N.



'Não podemos referir José António sem mencionar o seu companheiro de luta, Onésimo Redondo Ortega, fundador da Falange Espanhola e das Juntas Ofensivas Nacional Sindicalistas (J.O.N.S.) , caído no Alto de Leon, a 26 de junho de 1936.
Quanto a José António Primo de Rivera, doze balas lhe trespassaram o corpo em Alicante.



José Miguel Alarcão Júdice, faz uma enorme introdução à antologia de textos de José António!




José Miguel Alarcão Júdice, autor do estudo antológico inaugural da Coleção Antologias «Cidadela», é um estudioso de problemas políticos e sociais, tendo-se dedicado desde há algum tempo ao estudo do enquadramento histórico sociológico de que arrancou a Falange e particularmente do pensamento e da ação de José António. Com 23 anos, é assistente do grupo de Ciências Políticas da faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.




«...Um Estado só pode ser forte, sem ser ditatorial, se for nacional; o nacionalismo só sendo revolucionário deixa de ser uma arma classista; uma revolução só pode ser criadora e libertadora se for nacional e não de classe; um sistema socialmente avançado precisa de uma temperatura espiritual elevada que só uma tarefa de construção nacional pode outorgar: o projeto nacional exige a reformulação das relações entre grupos sociais de acordo com a justiça. Estas implicações sucessivas pressentidas por José António - e que deveriam ser defendidas pela Falange, movimento dinamizador de um Estado revolucionário - são hoje ainda mais necessárias ».

Nota: Este projeto não teve continuação, após o 25 de Abril de 1974!

INDICE

Introdução 7
Textos de Fundamentação 55
Textos programáticos 95
Intelectuais e Política 135
Tipos Político-Sociais 151
Estado 159
Nação 177
Revolução 193
Reforma Agrária 217
Cartas aos Militares 229
A morte 249
Últimos textos de José António 259


http://forumpatria.com/debate-politico-e-ideologico/um-nacional-revolucionario-esquecido-jose-miguel-judice/



Sem comentários:

Pesquisar neste blogue