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terça-feira, 25 de agosto de 2009

«Raiz & Utopia» nº1 Primavera de 1977






                                                                 'Raiz. &
                                     utopia'

                                                        Crítica e Alternativas 
                               para uma Civilização Diferente



Por força de uma contestável disposição legal que não admite uma direção colectiva, foi preciso designar de entre os promotores desta revista um diretor. Declaramos todavia que o «diretor» e os «diretores adjuntos» se consideram 'solidariamente' responsáveis pela orientação e pelas tomadas de posição de ´Raiz & Utopia`.

Esta revista não recebe qualquer subsídio nem está ligada a qualquer instituição ou qualquer empresa capitalista, e a sua sobrevivência depende unicamente dos seus leitores. A colaboração fornecida para este número foi-o a título gratuito graças à compreensão dos que connosco cooperaram.

´Raiz & Utopia` está aberta a toda a colaboração, não se responsabilizando, contudo, a direção pela publicação dos originais não solicitados.


DIRECTOR E DIRECTORES-ADJUNTOS

          António José Saraiva
          Carlos L. Medeiros
          José Baptista

EDITORES

          António José Saraiva
          Carlos L. Medeiros
          José Baptista

IMPRESSÃO E DISTRIBUIÇÃO

          Livraria Bertrand, S.A.R.L.
179 pags.




SUMÁRIO



«Os burocratas, tecnocratas e salvadores políticos dos vários mundos, independentemente das suas diferenças de situação e doutrina, estão empenhados em consolidar um sistema em que a grande maioria dos homens executa mecanicamente as decisões tomadas por alguns, torna-se cada vez mais urgente restituir a cada homem a sua humanidade, quadriculada e esquartejada num mundo cada vez mais programado. 'Raiz & Utopia' não propõe uma nova doutrina no plano político e ideológico em que se exibem os atores do dia. Não contribui para o discurso dominante. Tão-pouco alinha com o que é moda chamar «Ciência». Recusa a ilusão do «Progresso» considerando que a famosa «Marcha da Humanidade» é um comboio num túnel em forma de funil. Os problemas de raiz estão hoje escamoteados no discurso tecno burocrata, é preciso mudar radicalmente a problemática a partir do quotidiano, transformar a atitude do espírito perante as coisas, A utopia não é impossível: é um norte, a leste ou a oeste das ilusões confortáveis que hoje são servidas como ópio às massas resignadas.»

«ABRIU EM PORTUGAL» (atenção ao facto de em certos lugares da Internet Abriu é Abril, o que subverte a inovadora e criativa intenção da saudosa e malograda Helena Vaz da Silva!)

                                     «Sei mal o que é a liberdade, mas a libertação sei o que é» 
                                                                      A. Malraux

https://skocky-alcyone.blogspot.com/2023/05/maio-e-crise-da-civilizacao-burguesa.html


ABRIU EM PORTUGAL
      

                               «Sei mal o que é liberdade, mas a
                                    libertação sei o que é.» (A. Malraux)


Helena Vaz da Silva


Comunidades, grupos, pessoas, em discurso directo. Nós, só à escuta. Á procura de saber se o 25 de Abril penetrou instituições, cérebros e corações. E que 25 de Abril?
Não é tanto o 25 de Abril da «nacionalização da banca ou da «consolidação da liberdades democráticas» que procuramos, mas, através dele e para além dele, é o entrever do que, em cada pessoa, terá sido ruptura com activismos e servidões ancestrais, desabrochar de uma vontade de fazer passar por si a revolução: o seu corpo e no seu resto.
è do 25 de Abril de cada um, com a força libertária, que quem viveu aqueles primeiros dias nunca mais esquecerá, que trataremos aqui.
  Hoje, dos jovens que se lançaram à vida e se furtaram à família, no que ela tem de castrante.   Amanhã, das mulheres que ganharam o direito à palavra e, com ele, a muito mais.
 Outro dia, dos homosexuais qe ousaram dizer (até a si) que o eram.
 E outro dia e outro irá sendo aquilo que os encontros nos forem proporcionndo, com pesoas que, sós ou em grupo, vão lentamente minando os tabos da sociedade em que vivem porque acreditam que há uma forma de vida onde a claridade é rei.




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