Aos meus alunos do IADE.
'VOZ VISÍVEL
Lima de Freitas
Lisboa - 1971
Tiragem especial de 150 exemplares
numerados e rubricados pelo autor,
54
Obra enriquecida por vários desenhos de Mestre Lima de Freitas!
Fui seu aluno de 'Simbólica' no 'Leoninum Orthodoxum Institutum',
que decorreu na Cooperativa Ar.Co em regime livre, versando so-
bre Teologia Ortodoxa, da Igreja Russa na Diáspora, em 1977
a URSS ainda existia e a nossa ligação era bom o 'Institut Saint Serge',
fundado por Teólogos e Filósofos que fugiram da comunismo!!!
Coube-me presidir às suas Exéquias, na Basília da Estrela!
Sua esposa Hella, não permitiu a Celebração desejada pela
'Grande Loja Regular de Portugal'!
NOTA DE ABERTURA
'Este volume de pequenos ensaios sobre problemas da pintura, ou com a pintura directamente relacionados, reúne uma selecção de textos escritos entre 1966 e 1968, com excepção do primeiro, «Sobre Manet, Gauguin e Braque», que foi escrito em 1952, para uma palestra que se realizou na Sociedade Nacional de Belas Artes de Lisboa, em Abril desse mesmo ano.
Os textos aqui reunidos procuram documentar, acima de tudo, alguns momentos de um itinerário, de uma procura e de uma meditação, nunca interrompida, sobre as angústias, os dilemas e as graves crises da arte nos nossos dias. Por vezes essa meditação tem sido feita 'em voz alta', com o público, e dessas ocasiões ficam registados alguns exemplos. O texto da conferência acima referida aqui, apesar de escrito há dezoito anos, apenas para indicar que certa linha fundamental de preocupações vem de trás. Amiúde um artista se contradiz e, na prática e no trabalho de cada dia, refuta e rejeita aquilo que noutra ocasião lhe foi precioso. Mas no essencial vislumbra-se, através de todas as contradições regressos ou drásticos rompimentos, uma escondida unidade, uma vontade tendida num certo sentido ou numa certa direcção, certas constantes que latejam surdamente sob a superfície das obras e das palavras. Cada pintor, como cada escritor, refaz sempre a mesma obra. O seu itinerário espiritual consiste nesse sistema de translacçoes que o aproximam, pouco a pouco, do cerne permanente de uma vedade, de uma unidade entrevista, sonhada, mortalmente perigosa para o homem exterior e vertiginosamente bela. Só esse ponto absoluto e incandescente dá sentido às hesitações prévias, ao tactear dos anos trabalhosos; só ele merece, finalmente, o tributo de dores e desesperos que tantos futilmente, sofrem para ganhar o aplauso dos ignorantes e dos adormecidos.'
ÍNDICE
Nota de abertura
Sobre Manet, Gauguin e Braque
Razão, Inconsciente, figura
As maquinações da febre
A comunicação do Incomunicável
Iconografias e fraseologia
A produção do Improvável
Picasso, invasor vertical
Desencoragemos as artes
O gosto da novidade e a arte moderna portuguesa
Vieira da Silva e os seres de espelho
As estruturas da significação
Metamorfose dos sinais
A luz e as vozes
Pintura, embalagem e crítica profissional
A arte cosumida e a arte consumada
O ponto de fuga
Composto e impresso na União Gráfica, S.A.R.L.

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