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sexta-feira, 21 de setembro de 2012

«A TOUPEIRA» - John Le Carré



«A TOUPEIRA»
John Le Carré

Tradução de Maria Ondina Braga
Capa de José Cândido
Revisão de Agostinho Macedo e Luis Bação

Coleção 'Autores Universais - Série Monumental

Composto e Impresso em Gris Impressores, SARL
Alto da Bela Vista - Cacém

Livraria Bertrand, S.A.R.L.
Novembro de 1975
381 págs.

Título da edição original:
«Tinker, Tailor, Soldier, Spy»

Le Carré Productions, 1974


Londres. Tornou-se evidente, sem dúvida possível, que algures ao mais alto nível dos Serviços de Informação britânicos, no «Circo» -´Circus` (nome ambíguo do quartel-general do SIS-MI6), há um agente duplo, uma toupeira profundamente infiltrada e instalada na própria rede. Na gíria do meio, uma toupeira é um agente soviético de funda penetração, assim chamado porque «faz túneis no edifício do imperialismo ocidental» e não é menos evidente que a toupeira só pode ser um de cinco homens: homens brilhantes, complexos, com provas prestadas na ação, homens que trabalharam em estreita colaboração durante anos, que se respeitam, que contam uns com os outros apesar dos violentos choques de carácter e de penosas diferenças de casta e de sensibilidade, não obstante o imperativo fundamental da sua profissão: não confiar em ninguém.
É Georges Smiley, um dos cinco, talvez o mais brilhante e o mais complicado de todos, que é encarregado de descobrir a toupeira e destruí-la. Pouco a pouco, as desilusões desfazem-se, a miragem dissipa-se. Quase despreocupadamente, à medida que o romance se encaminha para o seu inesperado desenlace, John Le Carré dá-nos uma visão completa do mundo dos serviços secretos, um mundo (usando o seu calão) de gorilas e caçadores de escalpes, onde os homens são negociados, denunciados, comprados para ´stock`; um mundo de toupeiras, informadores, escutas.
Em Smiley encontramos o herói literário puro, o homem a quem, desde o início o leitor se sente ligado. Esforçadamente ativo, ao mesmo tempo compassivo e implacável, vagamente patriota, apaixonado mas incuravelmente deprimido, Georges Smiley é um solitário com sentido de responsabilidade humana.

Na sequência de «O espião que veio do frio» - versão em português da Record do Brasil (1ª edição, 1967), John Le Carré, em «A Toupeira», editada em primeiro lugar pela Bertrand (uma nova edição existe na Dom Quixote), demonstra o seu dom incomparável para evocar os obscuros labirintos da espionagem internacional.
«A Toupeira» irá integrar a hoje famosa «Trilogia de Smiley ou Tilogia Karka»!...



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