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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

'Do Erótico ao Platónico' in «Deus Negro» - Neimar de Barros




 DEUS 
NEGRO
poesias e pensamentos

35a edição 
Neimar de Barros
Shalom Livraria Ltda.
1973
Livraria Almedina
Coimbra
1a edição feita em Portugal
Tiragem 3.000 exemplares
Livraria Almedina - Coimbra
Todps os direitos reservados para Portugal,
por Livraria Almedina
Interdita a exportação para o Brasil
Reprodução em offset
Gráfica de Coimbra
90 pags.

HOMENAGEM:

   Entre os pertences encontrados
no fatídico desatre em que pere-
ceu Padre Paulo Cañelles, havia
meu prmeiro livro.Entre o asfalto
manchado de sangue e as ferra-
gens eu senti sua última mensa-
gem: ''-Continue na multiplica-
ção dos pães literários!''
     Meu caro ''Pablo'', eis aqui a
segunda remessa!
      Até breve!

POR QUE O TÍTULO ''DEUS NEGRO''?

Porque talvez Ele apareça mancando para os
que tiveram ojeriza de aleijados, talvez apa-
reça raquítico para os que riram dos físicos
fracos, talvez apareça negro para os racistas.

    A QUEM DEDICO:
    Ao meu ateísmo qu ficou caduco
   após a leitura do Evangelho!

    



Poema (34)

Do erótico ao platónico

Eu queria recostar-me em seus seios
E adormecer como no travesseiro.
Eu queria acordar em seus braços
E transitar pelo seu corpo.
Eu queria me perder no agora
E me encontrar só em você.
Eu queria sussurrar em seu ouvido
E ouvir o eco no brilho dos olhos seus.
Eu queria provar seus lábios
E alimentar-me com seus desejos.
Eu queria parar tudo,
Ficar diante de você,
Vazio de problemas
E cheio de inocência.
Eu queria que fôssemos duas estátuas,
Perdidas num jardim sem importância.
Uma diante da outra, olhando, olhando...
Duas estátuas sem ninguém recriminar.
Olhando, olhando...
Vivendo o milagre do amor Platónico!

in «Deus Negro», 
de Neimar de Barros, 1973.



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