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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

'Do erótico ao platónico', in «Deus Negro» - de Neimar de Barros




«DEUS 
NEGRO»
(poesias e pensamentos)

35a edição 
Neimar de Barros
Shalom Livraria Ltda.
1973
Livraria Almedina
Coimbra
1a edição feita em Portugal
Tiragem 3.000 exemplares
Livraria Almedina - Coimbra
Todps os direitos reservados para Portugal,
por Livraria Almedina
Interdita a exportação para o Brasil
Reprodução em offset
Gráfica de Coimbra
90 pags.






Do erótico ao platónico

Eu queria recostar-me em seus seios
E adormecer como no travesseiro.
Eu queria acordar em seus braços
E transitar pelo seu corpo.
Eu queria me perder no agora
E me encontrar só em você.
Eu queria sussurrar em seu ouvido
E ouvir o eco no brilho dos olhos seus.
Eu queria provar seus lábios
E alimentar-me com seus desejos.
Eu queria parar tudo,
Ficar diante de você,
Vazio de problemas
E cheio de inocência.
Eu queria que fôssemos duas estátuas,
Perdidas num jardim sem importância.
Uma diante da outra, olhando, olhando...
Duas estátuas sem ninguém recriminar.
Olhando, olhando...
Vivendo o milagre do amor Platónico!

in «Deus Negro», 
de Neimar de Barros, 1973.


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