«O Escritor não é Político?»
Jean-Paul Sartre
Tradução de:
António Pescada, António Serra e
Guilherme Valente
Capa:
Fernando Felgueiras
Os quatro artigos que compõem este volume apare
ceram inicialmente na revista belga, ´Le Point` , em 1970.
Colecção Vector - 6
Publicações Dom Quixote
Edição 6 B 171
Lisboa, 1971
112 pgs
Longe ia o tempo em que Sarte era considerado apenas o filósofo que atirara para o abismo da grande confusão ideológica do século XX mais uma filosofia - o ´Existencialismo`.
Todavia, da guerra da Indochina e da Argélia, a evolução do regime ´de gaullista` a revolta de Maio de 1968, tornaram saliente em Sartre uma outra dimensão - a de cidadão constantemente empenhado na política do seu tempo.
Os textos reunidos no presente volume são bem um reflexo de tal dimensão, mostrando-nos claramente um escritor que não receia assumir uma posição política sobre os mais diversos problemas que falam à sua consciência de cidadão. No fundo, Sartre, manteve-se sempre fiel ao que afirmou em 1946 no primeiro número da sua revista, ´Les Temps Modernes`: «O escritor situa-se na sua época: cada palavra tem repercussões. E cada silêncio também»
ÌNDICE
O intelectual face à revolução 9
Os dois freios da radicalidade 16
Fidelidade e disciplina 22
Um teórico na Bolívia 33
Mito e realidade do teatro 41
O gesto ou o ato 45
O justo torna-se mau 51
«Happening» ou teatro-documento 54
Teatro do verbo ou teatro do inconsciente? 60
Dialética das Contradições 67
O escritor e a língua 71
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