'Nós somos mais livres do que jamais
o fomos para lançar o olhar em todas
as direções; nós não percebemos limite algum.
Temos essa vantagem e sentir em volta de nós um espaço
imenso - mas também um vazio imenso ...
Nietzsche
«INTRODUÇÃO
À
MODERNIDADE»
´Prelúdios`
Henri Lefebvre
Tradução:
Jehovanira Chrysóstomo de Souza
Capa: Eunice Duarte
Supervisão gráfica:
Roberto Pontual
Série
´Rumos da Cultura Moderna`
´Rumos da Cultura Moderna`
Volume 24
Editora Paz e Terra
Rio de Janeiro - 1969
442 págs.
442 págs.
Distribuidora exclusiva:
Editora Civilização Brasileira
Rio de Janeiro
Rio de Janeiro
Direitos universais para a língua
portuguesa
Editora Paz e Terra S. A.
Rio de Janeiro
Título original:
´Introduction à la Modernité`
Col. ´Arguments`
Éditions du Minuit
Paris - 1962
Entre os autores marxistas do século XX, Henri Lefebvre ocupa uma posição importante e rica. Contraditória sem dúvida, o que transparece nas suas posições, devidas em grande parte, aos desvios, distorções, retrocessos, da Revolução Russa de 1917 até ao fim da URSS. Só quem esteve de fora do ´processo revolucionário` , se atreve a não querer entender quão difícil era por certo, ser coerente e justo, profundo e vivo, quando se é lançado numa história que se fende e rui entre as manobras plenas de «Agit-Prop», estalinistas!
Nesta obra, H.L, vai em demanda do humano, do poético, da origem. A sua posição neoromântica, distingue-o de Lukàcs ou Goldmann; Lefebvre procura ´ver` não só o externo como o interno. H. L. indica claramente a sua posição e caminho a percorrer: «Para chegar a pensar a ´Modernidade`, é necessário ir além da ´Cultura` e os sintomas culturais (arte, poesia. linguagem). Resta um, e só um, método: descobrir as a contradições, captar a contradição ou as contradições essenciais.»
Porém, ilude-se quem não vislumbra que essas contradições tanto estão fora do homem, como o habitam! E explicita: «O novo, o verdadeiramente moderno, não residirá nas contradições geradas pela sociedade moderna, tais a solidão individual e a reunião de multidões; não só das massas multitudinárias, como o que se passa nas empresas colossais, nos escritórios, nas forças militares, nos partidos?»
Tal como Pasolini, a propósito de ´´Édipo Rei`, Lefebvre diz-nos: «Claudicando ao modo de um homem idoso, ia seguindo pelas montanhas, entre animais selvagens, padecendo de fome, precisamente quando se encontrava no lugar propício à caça que não conseguia levar a cabo; interrogava-se até à exaustão: ´Quem sou eu e porque estou aqui? Porque eu e não os outros?` (H.L.)»
Nestes doze ´Prelúdios`, Henri Lefebvre para além da sua crítica, ao ´marxismo oficial` revela-nos a sua abertura apaixonada à vida!...
Por conseguinte, «Introdução à Modernidade`, inscreve-se com destaque entre aquelas obras filosóficas que tiveram a maior repercussão no pensamento da época. O seu traço distintivo e fundamental consiste em entrar de uma maneira profunda nas questões do tempo, da época, fazendo-o de modo a ir além das respostas cómodas dos sistemas e conceitos adquiridos, das verdades estagnadas onde essas questões realmente se situam e isso precisamente devido à sua modernidade.
Introdução à Modernidade
Primeiro Prelúdio: Sobre a Ironia, a Maiêutica e História
Segundo Prelúdio: Édipo
Terceiro Prelúdio; As Metamorfoses do Diabo
Quarto Prelúdio: Sôbre o Tema da Vida Nova
Quinto Prelúdio: Que Diz o Sol Crucificado?
Sexto Prelúdio: Uma carta
Sétimo Prelúdio: Notas sôbre a Cidade Nova
Oitavo Prelúdio: Visão
Nono Prelúdio: Naturea e Conquista sôbe a Natureza
Décimo Pelúdio: Renovação, Juventude, Repetição
Décimo-Primeiro Prelúdio: O que é a Modernidade
Décimo-Segundo Prelúdio: Ao Encontro de um Nôvo
Romantismo
1 comentário:
Você possui este livro??
Eu precisava de uma copia dele, pois não encontro pa comprar e nem na biblioteca da minha universidade.
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