«ASSIM OUVI DO MESTRE» - CAIO MIRANDA

«ASSIM OUVI DO MESTRE»
         CAIO  MIRANDA
Este livro, sob número de ordem
                 3
pertence à Série publicada pelo
Instituto de Yoga do Rio de Janeiro
Direcção Caio Miranda
2ª Edição
Livraria Freitas Bastos
 (1ª edição - 1961)


PREFÁCIO DA 1ª EDIÇÃO BRASILEIRA

Grande satisfação causou-nos a leitura deste ´Assim Ouvi do Mestre`, de Caio Miranda. aí encontramos o autor de corpo inteiro, com a sua tenacidade obstinada, sua força de vontade atuante, sua realização inteiriça que não circunda, derruba os obstáculos, mas tudo isso baseado num coração de ouro, que se arrasa em sublime ternura ante o menor sinal de ressentimento alheio. Entretanto, não é pela exterioridade que os Mestres aquilatam o valor dos chelas, nem pela cultura ou intelectualismo. É exatamente pelo coração, pela sensibilidade capaz de captar as vibrações sublimes da espiritualidade superior, que é toda Amor.

E os ensinamentos do Mestresão realmente maravilhosos, trazendo para qualquer estudioso de assuntos espirituais. A meditação das palavras cheias de equilíbrio e sabedoria trará melhoria indiscutível a quem as compreender no seu espírito mais profundo.

Apresentam grande interesse outrossim as interpretações dadas pelo autor aos factos da vida diária, sob o ponto de vista histórico ou científico, assim como chegam a comover as auto recordações, que levantam uma ponta do véu pessoal, tendo a sinceridade como garantia de verdade.

Nesse sector, há um aceno ao desaparecimento do grande Getúlio Vargas. E o que diz Caio Miranda, embora vagamente, confirmam as palavras que ouvimos de outro Mestre, que nos testemunhou ter sido o Chefe de Estado, naquela madrugada de grande sofrimento e angústia, chamado em espírito a uma reunião presidida por Ismael, o Anjo-Guia do Brasil. Nessa assembleia espiritual, foi-lhe exposto o grande perigo que corriam dezenas de milhares de criaturas em nossa pátria, que iriam desencarnar antes do tempo, por causa do iminente levante armado que se preparava. E foi-lhe apontada a única solução para evitar a hecatombe, deixando-o porém livre para resolver: o auto sacrifício espontâneo, em benefício da população. Regressando ao corpo físico, consumou sem titubear o holocausto, para evitar o mal maior. Que esta não fora sua intenção, prova-o o facto de haver-se ele preparado para dormir, vestindo o pijama. Se outro fora seu pensamento, tê-lo-ia executado antes de haver-se deitado. Inegavelmente, não escapou às terríveis consequências físicas do desencarne prematuro, que atingem a todos aqueles que abandonam a vida pela própria mão, qualquer que seja o motivo determinante. No entanto, foi sustentado pelos Maiores da Espiritualidade que, reconhecendo a coragem e o sacrifício, o ampararam no angustiosos transes e nas terríveis dores que sofreu, e de que até hoje não se libertou de todo.

    Rio, fevereiro de 1961


                                       CARLOS TORRES PASTORINO

Este livro relata factos verdadeiramente assombrosos e destina-se, naturalmente, a uns poucos leitores. Muitos, possivelmente, não penetrarão o conteúdo das suas narrativas, e assim deixarão de sentir o sabor fantástico das experiências nelas vividas.

Muitas pessoas, quero crer, não estarão ainda preparadas para coisas deste nível. Mas chegará o seu dia, cedo ou tarde, porque a ninguém é dado furtar-se ao processo irreversível da evolução cósmica e humana. Alguns, provavelmente, terão passado já por situações e vivências semelhantes aquelas aqui descritas, mas não terão tido a serenidade necessária para meditar sobre elas, para analisá-las com pureza de coração e dali extrair a mensagem, geralmente tão bela quanto velada.

O grande e eterno problema humano permanece ainda à espera de solução. Pois todas as criaturas, sem exceção alguma ´desejam unicamente ser amadas e compreendidas`. Técnicos e cientistas jamais terão capacidade para construir um mundo onde todos possam ter essas duas coisas sem as quais não haverá felicidade na face da terra. 

   

                                                                                                         Caio Miranda

O detentor deste espaço não pretende fama nem prestígio, apenas partilhar a sua experiência e leituras, de um modo abrangente e sem pressas. A doença tem dificultado a sua atividade aqui e

noutras coisas. Além disso nada sabe de ´computadores`, que apenas lhe servem para comunicar

com aqueles . que devem ser informados desde agora que a mim interessa dar para já, um conhecimento global, particularmente do «Esoterismo Político» . 

Quem informou  que Caio Miranda era membro da Sociedade Teosófica ´no` Brasil, fez uma enorme confusão! Se ler a obra aqui referida verá a pág. 61: ´O primeiro contacto com o Mestre'. Diz Caio Miranda:

´Alguns anos mais tarde, ingressei na Sociedade Teosófica Brasileira e tinha clara noção do dever que assumira e não desejava dececionar meus superiores, principalmente o Dirigente Supremo J.H.S. ( Henrique José de Sousa), a quem venerava com sincera afeição.

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