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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

«Somente Nesse Dia» - Pierre Van Paassen







   «SOMENTE 
       NESSE 
         DIA»
PIERRE VAN PAASSEN

TRADUÇÃO: ´MONTEIRO LOBATO`
HISTÓRIA E BIOGRAFIA
BIBLIOTECA DO ESPÍRITO MODERNO
COMPANHIA EDITORA NACIONAL
BRASIL - 1942
349 PÁGS.
TÍTULO ORIGINAL: ´THAT DAY ALONE`
ACABADO DE REDIGIR A 
4 DE SETEMBRO DE 1941
NEW YORK, 1941




´When Justice seals the gates of heaven and hell
The rest - that day, that day alone, will tell.`
                            James Montegomery


Esta obra que mereceu a tradução do eminente intelectual brasileiro Monteiro Lobato, foi originada, brotou, das angústias e sofrimentos da geração de entre as duas Guerras Mundiais. 
Aldous Huxley, chamou-lhe ´Geração Perdida` (´Antic Hay`), título de uma das suas primeiras obras.! Essa geração, condenada ou talvez escolhida pelo destino, foi chamada a viver num período de violentas comoções e de desorganização económica, social e política; em suma, a um mundo que se desagregava e como que morria era dada uma ´resposta` que se assemelhava, como num recém-nascido, a vagidos de um novo tempo, de uma nova era para a qual se caminhava e da qual ´ainda` somos os herdeiros!
Em ´Somente Nesse Dia`, Van Paassen volta a exibir no seu estilo tão humano e palpitante, que já tinha tornado a sua anterior obra ´Este Dias Tumultuosos` (uma contribuição definitiva à literatura), o seu ódio à injustiça que chega a atingir alturas inspiradoras, condenando e prendendo ao pelourinho o mal, seja lá onde este se encontre, seja lá o seu disfarce!
´Somente Nesse Dia` é a odisseia de uma esclarecida testemunha da história, que, sob a superfície dos acontecimentos com que se ia deparando, na sua incansável busca do enigma humano, consegue distinguir a contribuição pessoal e assim fixar o momento, o ´instante` exato que por vezes condiciona e como que determina o curso da história. 
Ultrapassando, sem dúvida, os limites das habituais reportagens e interpretações jornalísticas, Pierre Van Passen desenvolve uma nova forma de literatura que transporta a análise política para o plano do ´drama humano` (uma Filosofia ou mesmo uma Teologia da História).
Uma miríade de caracteres famosos e humildes, de personalidades exóticas, de pequenos incidentes pouco conhecidos, mas de grande significado histórico, tudo isso no seu fluente e generoso estilo.
Van Passen, nas sua longas ´peregrinações` pelo mundo, sempre procurou identificar os homens virtuosos e imbuídos de boa fé, aqueles que o Autor tem a ´impressão` de serem os que poderão salvar a civilização periclitante, até porque teve o ensejo de os encontrar nos lugares mais estranhos e inesperados. 
Talvez fosse por isso, que Van Passen tenha acreditado sinceramente num mundo novo e melhor, que lhe parecia estar a nascer das cinzas do mundo que ficava para trás e que para o Autor (um ´Unitarista`) permitia afirmar: ´dia virá em que o homem, cansado de caminhar solitário, se voltará para o seu irmão. E nesse dia - ´somente nesse dia` - a fraternidade humana será uma realidade!`


http://skocky-alcyone.blogspot.com/2010/07/fe-razao-e-civilizacao-ensaio-de_20.html


http://skocky-alcyone.blogspot.com/2010/07/reflexoes-sobre-revolucao-de-nossa.html

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