«LA
CRISE»
Jornadas de estudo organizadas pelo ~
Partido Comunista Francês,
a 23, 24 e 25 de Maio de 1975,
a 23, 24 e 25 de Maio de 1975,
em Nanterre.
Esta obra constitui os três números
Esta obra constitui os três números
d'«Economie et Politique»
Junho, Julho, Agosto 1975
Nos. 251, 252, 253
Introdução por Georges Marchais
Junho, Julho, Agosto 1975
Nos. 251, 252, 253
Introdução por Georges Marchais
Então Secretário-Geral do PCF
Editions Sociales
Economie et Politique
Paris-1975
271 págs.
Nº de editor: 1626
Depósito legal: 3º trimestre 1975
Nota:
Editions Sociales
Economie et Politique
Paris-1975
271 págs.
Nº de editor: 1626
Depósito legal: 3º trimestre 1975
Nota:
Apesar do interesse destas comunicações, há que entender queestão duplamente
´datadas`: ainda a URSS servia de modelo alternativo ao chamado ´Capitalismo Monopolista de Estado` e acrescido do modo ´maniqueísta` da utilização da expressão ´Capitalismo`!
Para um cabal esclarecimento das deficiências. cf. «Crise da Economia Soviética» - João Bernardo
«O Partido Comunista explica-se sobre a crise.
A crise do Capitalismo Monopolista de Estado, que se aprofundou e cujas manifestações surgiam em novos domínios, é uma crise global da sociedade no seu conjunto; constitui, a nível internacional - uma crise do sistema imperialista.
A crise não é nem fatal, nem mundial se tomarmos em conta que a realidade dos países socialistas prova que as suas opções económicas e sociais se traduzem por sucessos, em terrenos onde em França os trabalhadores suportam cada vez mais duramente as consequências da crise.»
Na realidade a designação ´capitalismo` refere-se simultaneamente a um ´sistema económico`. isto é a um tipo abstrato de organização e funcionamento de economia, e a um conjunto de regimes económicos - no ´jargão `marxista-leninista estabelece-se igualmente a distinção entre modo de ´produção` abstrato-formal e ´formações sociais `concretas e distintas.
O capitalismo é em regra caracterizado pelo direito à propriedade e pela liberdade de contrato.
O capitalista produz para o mercado e a finalidade é o lucro. Quer dizer, a propriedade privada e a livre concorrência são considerados como o motor da atividade económica.
«Aquilo que distingue a época burguesa de todas as que precederam, é a alteração incessante da produção, o abalar contínuo de todas as instituições sociais, a permanência da instabilidade e do ´movimento`».
Como se pode constatar, Marx e Engels, ao afirmar na anterior citação de
«O Manifesto Comunista», sabiam muito bem que os regimes capitalistas não se regem pelo modelo do ´eleatismo` , antes são dinâmicos e em constante mudança! Não se trata de tentar saber se as previsões de ambos os pensadores foram ou não confirmadas.
Interessa sim, e muito particularmente no tempo que vivemos, afirmar com Joseph Schumpeter: «O que distingue o economista ´científico` de todas as outras pessoas que pensam, falam ou escrevem sobre assuntos económicos é um conjunto de técnicas, que se podem classificar em três grupos: a história. a estatística e a teoria. As três reunidas formam o que se pode denominar a análise económica.» (´História da análise económica` - Fundo de Cultura - 1964).
É bem sabido que a certos autores repugna a palavra ´capitalismo`, uma vez que interpretam essa designação como um termo de luta engendrado pelos teóricos do socialismo. Porém, é a designação mais habitualmente usada e se as palavras nem sempre correspondem às coisas, exprimem em regra o que as pessoas têm em mente sobre essas coisas.
É importante realçar que o uso desta palavra não deve ser entendido como um rótulo de infâmia, colocado desde logo aos regimes capitalistas. Aqui se separam as águas: nada de ideias fixas sobre o assunto, e muito menos uma atitude maniqueísta como a encontrada nas comunicações apresentadas nas jornadas que foram acima referidas na publicação intitulada: «La Crise»!
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