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segunda-feira, 30 de agosto de 2010

«MEMÓRIAS DUM COMUNISTA» (´O RETRATO`) - OSVALDO PERALVA



  
 «MEMÓRIAS 
     DUM 
    COMUNISTA»
     (´O Retrato`)
Osvaldo Peralva
Coleção «Memória e Documentos» - 2
EDITORIAL ASTER
LISBOA - s/d
342 páginas
NOTA: ´Esta edição da obra de Osvaldo Peralva, 
que saiu no Brasil com o título de «O Retrato», foi 
autorizada pela Agência Literária Universal 
Belo Horizonte (Brasil)


A maior parte dos livros que os fugitivos do Leste têm publicado sobre o mundo e o sistema comunista devem-se a autores que nunca simpatizaram com o marxismo e que, por isso, não viram o partido por dentro. Outros são simples romances, de cores fortes, baseados com certeza na realidade, mas romances apesar de tudo. Outros, ainda, são testemunhos vivos de ex comunistas, às vezes bons escritores, mas membros de pouca importância dentro do partido.

Em todas estas obras nós temos a sensação de que alguma coisa está incompleta, de que uma suspeita não é uma certeza, enfim de que o testemunho não é totalmente autêntico.

Algo inteiramente diferente sente o leitor ao percorrer as primeiras páginas de ´Memórias dum Comunista` . Aqui, sim, trata-se de um dirigente superior do partido em toda a América do Sul, de um homem que entrou no comunismo para sofrer se necessário (e assim foi) por uma doutrina, de um homem de confiança que o partido chegou a propor à Presidência da República do Brasil, de alguém que teve uma demorada formação na Escola Revolucionária de Moscovo.

Osvaldo Peralva escreve, portanto, com pleno conhecimento de causa. Como dirigente superior tinha acesso a todos os documentos, como jornalista do partido, recebia todas as ordens de propaganda, como ´ativista` tomava parte em todas as ações. Quem poderá duvidar do valor do seu depoimento?

«Depois de dissolvida a Internacional Comunista (IC), em 1943, o Partido Comunista  Brasileiro (PCB) achou-se na situação de um jovem tutelado, que ouve abruptamente a proclamação de sua maioridade. Colando a orelha ao chão, como os índios, procurávamos então ouvir e interpretar qualquer ruído oriundo da longínqua Moscovo, para servir-nos de orientação.

Especialmente depois da guerra, passámos a ver cada vez mais no Partido Comunista da União Soviética (PCUS) o ´orientador e guia` indiscutível, e repetidamente afirmámos nossa fidelidade ´incondicional` e ´sem limites` ao PCUS e à URSS. Abdicando da faculdade de pensar, deixámos de olhar com espírito crítico tudo o que provinha de Moscovo, e fomos decerto um dos partidos mais exagerados nessa atitude de servilismo político e teórico em face da União Soviética e do seu Partido Comunista.»


                                                       ÍNDICE

A TRAJECTÓRIA DO PCB

O HOMEM DO APARELHO

                                    I - A ESCOLA DA REVOLUÇÃO

                                   II - O KOMINFORM POR DENTRO

                                   III - A MONARQUIA INFERNAL



OSVALDO PERALVA, I. P. - 4 / XI / 1956


« O RETRATO»
«O ESPIÃO DE COLÓNIA»

CAPA DA REVISTA «PROBLEMAS» nº 13 - REVISTA MENSAL DE CULTURA POLÍTICA,
DIRECTOR: CARLOS MARIGHELLA. COM UM TEXTO ENORME DE OSVALDO PERALVA,






OSVALDO PERALVA, À DIREITA, ACOMPANHADO POR AMIGOS, EM VISITA A O JAPÃO.

BIBLIOTECA VIRTUAL DE CIÊNCIAS HUMANAS
O RETRATO
Osvaldo Peralva
[PDF]

O RETRATO





Re: [gl-L] OSVALDO PERALVA - O jornalista que o Brasil esqueceu.

Fabricio Augusto Souza Gomes
Sun, 01 Aug 2010 18:36:46 -0700
OSVALDO PERALVA
O jornalista que o Brasil esqueceu
Por Sergio Paes da Motta e Albuquerque em 6/7/2010



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