' O movimento é tudo; a meta final, nada'
Eduard Bernstein
«OS PRESSUPOSTOS
DO SOCIALISMO
E AS TAREFAS
DA SOCIAL-DEMOCRACIA»
EDUARD BERNSTEIN
TRADUÇÃO:
ÁLVARO DE FIGUEIREDO e
MARIA CECÍLIA COLAÇO
UNIVERSIDADE MODERNA
PUBLICAÇÕES DOM QUIXOTE
LISBOA - 1976
TÍTULO ORIGINAL:
´Die Voraussetzungen des Socialismus und die
Aufgaben der Sozialdemokratie`
Verlag J. H. W. Dietz Nachfolger GmbH
Berlin - 1976
Éditions du Seuil - 1976
PREFÁCIO DE DIETER SCHUSTER
PREFÁCIOS DO AUTOR:
PRIMEIRA EDIÇÃO: 1899
SEGUNDA EDIÇÃO: 1902
TERCEIRA EDIÇÃO: 1908
EDIÇÃO DE 1920
Discípulo preferido e executor testamentário de Engles, Eduard Bernstein ( 1850-1932 ) começa, logo a seguir à morte do seu mestre, a pôr em causa um certo número de teorias de Marx.
No plano filosófico, dirige os seus ataques contra o método dialético e torna-se o principal defensor de um regresso a Kant, regresso este que encontrará a sua expressão no ´Neokantismo` de todo um sector da ´Inteligentzia` social-democrata. À luz dos mais recentes desenvolvimentos do capitalismo na sua época, Bernstein contesta as teorias do valor, da mais-valia e da pauperização.
Finalmente, no plano político, apoiando-se na prática real do partido alemão, o 'Reformismo', convida os social-democratas a «emanciparem-se de uma fraseologia ultrapassada pelos factos e a apresentarem-se como aquilo que na realidade são: um partido de reformas socialistas e democráticas.
Condenado por 'Revisionismo' pela social-democracia internacional, Bernstein tinha todavia interpretado pertinentemente uma corrente muito profunda existente no movimento socialista.
Proclamando-se oficialmente marxista, esta corrente vai dominar os partidos da II Internacional combinando um certo marxismo teórico com uma prática política essencialmente parlamentar em que os objetivos revolucionários estão longínquos ou mesmo ausentes.
´Os pressupostos do Socialismo e as tarefas da Social-Democracia` reúne precisamente os artigos de Bernstein que estão na origem da 'crise' aberta pelo 'Revisionismo na 'Social-Democracia' de Engels, Bebel, W. Libkenecht e Kautsky!
As repercussões e o significado histórico da obra tornam desnecessário salientar a importância desta sua primeira edição portuguesa.
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