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terça-feira, 14 de junho de 2011

«Grandes derivas da história contemporânea » - Manuel Antunes







«GRANDES DERIVAS 
  DA HISTÓRIA 
  CONTEMPORÂNEA»
     ´LOGOS E PRAXIS`
  MANUEL  ANTUNES

EDIÇÕES BROTÉRIA
LISBOA, 1972
320 pags


Esta obra do Professor Manuel Antunes assinala, já em 1972, o facto de vivermos submersos numa torrente de informação. Em cada dia e mesmo em cada hora os chamados meios de comunicação social vão debitando nessa torrente novos caudais. Canalizar as águas, separá-las segundo os seus diversos graus de pureza e impureza, auscultar, com o ouvido no chão, de onde vem o rio e qual a sua direção, eis aí tarefas indispensáveis mas nada cómodas de realizar.
Porque - nunca o podemos esquecer - a informação é uma indústria, é um comércio e é uma função social. Condicionada e condicionante, ela é-o sempre, mas sobretudo em certos meios. É nestes que o ofício de triagem se torna particularmente árduo e difícil.

Reler aquilo que se leu, escutar aquilo que se ouviu, rever aquilo que se viu são imperativos para quem quiser conservar os seus dois primeiros sentidos acima da linha das águas.

Os ensaios que o Autor reuniu neste livro foram escritos com essa intenção pedagógica. Antes de mais, do autor para com o próprio autor. Depois, do autor para com o seu potencial leitor. Factos, representações, teorias. Eis o que estes ensaios pretendem apresentar, levar à compreensão e, na medida do possível, explicar.

Os materiais aqui coligidos, foram redigidos e publicados ao longo dos dez anos que precedem a data da publicação em livro - 1972; não são nem ´história` nem ´crónica` : o Autor pretende que sejam um pouco menos do que história e um pouco mais do que crónica.

São um pouco menos do que história porque lhes falta a consulta de´muitas fontes, em grande parte ainda inacessíveis, porque lhes falta a perspetiva que só o tempo dá e pode dar, porque lhes falta consequentemente, toda a articulação necessária.

São um pouco mais do que simples crónica porque o elemento de judicação que, não raro os percorre - para bem ou para mal, segundo as pespetivas - lhes tira aquele carácter impessoal que, segundo os bons velhos tempos, eles deveriam conservar sempre, limitando-se a «refletir», como espelho fiel, aquilo que aconteceu.




1ª Parte: ´LOGOS`


2ª Parte: ´PRAXIS DOS GRANDES AUTORES`


3ª Parte: ´RETROSPECTIVA E PROSPECTIVA`



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