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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

«O Esplendor do Caos» - Eduardo Lourenço






«O Esplendor do caos»
    Eduardo Lourenço

Capa: Armando Lopes
Fotocomposição: Gradiva
Impressão e acabamento: Tipografia Lugo, Ltda
Gradiva - Publicações, Ltda
1.ª edição: Fevereiro de 1998
Depósito legal nº 119 807/98



«Em parte alguma uma unidade, um centro, um ponto em volta do qual a roda gire»
                                            Hermann Hesse, «Viagem ao Oriente», 1933


«Falcone tornar-se-á um magistrado exemplar, um servidor do Estado 
que acredita que o Estado deve ser respeitado - não um Estado ideal e 
imaginário, mas este Estado, tal como é. 
Paradoxalmente, procurando sozinho aplicar a lei, transformou-se  numa 
personagem perturbadora, um juiz que aborrece, um herói incómodo.»

C. Falconi e Padovani, 
'Cose di Cosa Nostra'







'Nós incorporamos o inferno no quotidiano do mais fascinante a atroz dos séculos. Basta passar em revista o imaginário deste fim de século - da ficção à música, do cinema ao teatro, da biologia à tecnologia - para ter uma ideia do ponto a que chegou um mundo onde o horror se tornou invisível, consumido como pura virtualidade, para ter uma ideia da metamorfose da cultura humana. 
Pode discutir-se a desordem em que estamos mergulhados - desde a económica até à da legalidade e da ética - releva ou não, em sentido próprio, do conceito de caos. Do que não há dúvidas é de que o habitamos como se fosse o próprio esplendor.»


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