«Maio e a Crise
da Civilização
Burguesa»
António José Saraiva
Obras 3
1ª edição, Julho de 1970
Publicações Europa-América
Edição nº 27 003/1523
«... mas quem me manda olhar por cul-
pas nem desculpas, que o Livro não hà-de
ser senão do que vai ser escrito nele»
BERNARDIM RIBEIRO
Escrito com aquela agudeza de argumentação que é peculiar a António José Saraiva, ousada sob muitos aspectos, 'Maio e a Crise da Civilização Burguesa' é um livro essencial para a compreenção das evoluções da mentalidade e da 'civilizção' burguesas, postas em cheque durante a grane crise de Maio de 1968 e em todos os seus planos de actividade. Num extenso e notável posfácio, em que António José Saraiva, encarando de frente as fundas perplexidades do marxismo, nos explica os fundamentos desta obra, fica arquivado um dos melhores estudos deste ensaísta, a quem se devem já excelentes obras de divulgação e de erudição. No «'Diário' de um marginal» podemos seguir a par e passo a insurreição de Maio de 1968, num relato pertinente de cristalinas observações e de interpretações as mais judiciosas e oportunas.
Na bibliografia de António José Saraiva, esta obra, 'Maio e a Crise da Civilização Burguesa', vai ter ressonâncias particularíssimas, não só pelo tom fortemente polémico que a caracteriza, mas também pela forma como nas suas páginas se opera uma revisão assaz importante de muitos pontos de vista filosóficos e ideológicos.
POSFÁCIO - Em que o autor explica o título da
obra
«DIÁRIO» de JOÃO CÂNDIDO
O NOVO ADÃO
QUEM CHEGOU À LUA?
RELAÇÔES HUMANAS E SOCIALISMO BURGUÊS
NOTAS:
A) Sobre a independência da imprensa
B) Sobre a participação
C) O P. C. F. e a Resistência
Nota: Esta obra foi alvo de críticas radicais, vindas de sectores do PCP e outras organizaçõs da esquerda comunista, pró-Moscovo e pró-Pequim, pois o autor tinha-se afastado criticamente do Comunismo!
São de notar as obras mais radicais na sua crítica agessiva e injuustas:
«Textos Polémicos» - por vários autores
Edição Particular
«Sobre o Anti-Marxismo Contestatário»
Sottomayor Cardia
Seara Nova
Pós-Nota: Na verdade nem Sottomayor-Cardia, nem nenhum dos outros foi capaz de intuir, tal como muitos outros, quer na Europa, quer nos EUA, aquilo que só pessoas com a sensibilidade de António José Saraiva apreendeu.
AJS, a págs. 45-46 afirma:
Maio de 68 em Paris foi uma premonição. Instituições e políticos de vários horizotes quiseram canalizar para o seu moínho esse dilúvio - tão breve - de alegria criadora!
......
As ideologias não resistirão mais que areia. E talvez então se torne visível o que hoje aos nossos olhos é enigmaticamente opaco!
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https://journals.openedition.org/lerhistoria/6116?lang=en
https://www.e-cultura.pt/artigo/22629