«O absoluto não é deste mundo e não é comensurável a este mundo»
Emannuel Mounier, ´O Personalismo'
«O ELOGIO
DA INQUIETUDE»
Fernando Pereira Marques
Capa: Miguel Horta
A Regra do Jogo, Edições
Lisboa, 1985
156 págs.
nº da Edição: 24/85
Depósito legal: nº 10.085/85
«Importa libertar as ideologias dos seus trajes usados, desbotoados, e aprender a ser radical colocando nos museus as ideias radicais que as revoluções mataram. Provocatoriamente direi que da história do pós-guerra na Europa ocidental um único evento se destaca pela sua radicalidade: Maio de 68, por tudo aquilo que não foi e não teve. Não foi liderado por nenhum partido nem por nenhuma classe, não conduziu à transformação do regime e do sistema, não visava o Poder nem o conquistou, não teve nenhum, a Longa Marcha nem qualquer assalto a palácios de Inverno.»
«A beatitude dos crentes só é compreensível nos domínios do espírito e da contemplação que ficam além - ou aquém? - da Sociedade e da História. É tempo de constatar que Deus morreu, mas também de que não adianta pôr no seu lugar, como fizeram os pensadores burgueses ou os do proletariado, nem a Razão nem o Progresso. O elogio da inquietude, deverá ser, como o da loucura de Erasmo, o da lucidez crítica da contemporaneidade tornar-se, se possível, uma teoria social crítica.»
«As ideias esvaem-se e ficam as liturgias. As palavras secam e tornam-se fantasmas delas próprias. Socialismo, comunismo, social-democracia, liberalismo, sobrevivem e permanecem, presas da inércia e da própria ambiguidade que existe no facto dos homens precisarem, ao viver em sociedade, de referências, mitos, memórias, receosos que estão do desconhecido»
FPM
Há que pedir mais ousadia, como alguém pediu mais luz. Luz, já possuímos a do Sol, que para Turner era Deus e que fazia dizer a Victor Hugo: «Sou latino, Amo o Sol!»
ÍNDICE
O ELOGIO DA INQUIETUDE
I -A HISTÒRIA NÂO È O LUGAR DA FELICIDADE
I -A HISTÒRIA NÂO È O LUGAR DA FELICIDADE
II - À CONQUISTA DO CÈU
III - PODER E PODERES
IV - VIVER DIFERENTE
CONCLUSÂO
OBRAS REFERIDAS
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