terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

«O FOGO SAGRADO» - MANUEL DE SEABRA

                                                    «A alma humana meu caro Fedro, possui um
                                                                                         poder profético»
                                                                                                  Platão





«O FOGO 
  SAGRADO»
                             romance
MANUEL DE SEABRA 
(Lisboa1932 - Barcelona 2017)

COLECÇÃO DÉDALO 2
DÉDALO
1ª Edição: 1961
Edição e propriedade do Autor
(Nota: 
A Coleção Dédalo, teve a sua primeira referência como
  Rua Heróis de Dadrá, 7, 1º-Esq. , 
  a indicação da obra aqui referida é
  Rua Emília das Neves, 27, 2º-E

Para quem o desconheça, Dadrá e Nagar-Aveli, eram dois enclaves do território deDamão, anexados em 1954, por invasão ao território da então União Indiana; o que me levou a mencionar este facto deve-se à referência da Wikipédia, em português das dificuldades com o regime da ditadura e de menção da data de 1954 dizendo quea partir desse ano o Autor vive intermitentemente em Barcelona - onde hoje está radicado . e Lisboa - esta ´nota` não indica certeza, mas antes mera presunção.)




O ´post` anterior referia-se ao romance «O Quinto Cavaleiro», porque quando o li me causou viva impressão! Quanto à obra notável de Manuel de Seabra (de seu nome completo, Ernesto Manuel de Seabra Ferreira Bértolo), tendo-a adquirido e lido em Moçambique, quando tinha 20 anos, maior impressão me deixou!
A criação literária, refere factos, acontecimentos, personagens, circunstâncias aparentemente sem
nada ter a ver com a vida real ou com o decurso da História. Não comungo dessa opinião e tenho para mim que o verdadeiro artista, qual vidente, pode antecipar-se por vezes ao curso da vida e, se os factos não forem bem assim ou não tenham a ver com as datas referidas, merecem respeitosa e até religiosa atenção!

Em 1962 a República Popular da China, desde 1959 hostil ao Governo da União Indiana por ter recebido no seu terrtório o Dalai Lama, fugido do Tibete em virtude da agressão, ocupação e perseguição dos dirigentes e povo do Tibete.

O livro «O Fogo Sagrado», editado em 1961 ano em que já se pressentiam graves problemas em todo o mundo. Foi o ano em que o Presidente Eisenhower concedeu a vitória a J. F. Kennedy!


Manuel de Seabra, autor de uma vasta obra de escritor, ensaísta, tradutor e jornalista, vive e escreve em Barcelona, onde se fez ´exilado` . Editor, ele próprio, responsável por algumas antologias que animaram os anos da brasa portugueses, Manuel de Seabra é sobretudo como escritor, que tem marcado um percurso de decidida e por vezes complexa originalidade. Dominando várias línguas (como o russo e o chinês, donde traduz diretamente) , é um escritor de muitas pátrias, surpreendentemente quase desconhecido em Portugal, onde a parte mais significativa da sua obra está por conhecer.


Quanto a «O Fogo Sagrado», o Autor, por precaução, antes do início do Romance, escreve:


                                                    AVISO    IMPORTANTE


Todas as personagens, situações políticas, económicas e mesmo algumas científicas deste livro são imaginadas e não correspondem à realidade. Pelo menos à realidade de hoje, dia 7 de Abril de 1961.
Trata-se de um romance de antecipação. Situei a ação num futuro indeterminado, mais ou menos próximo consoante a imaginação, a consciência ou o estado de espírito do leitor,. Enquanto o escrevia, pensava no ano de 1970, mas se o leitor tiver outra ideia, pode situá-lo já no próximo mês. Ou na próxima semana.




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´Porque todas as nações beberam do
vinho da ira da sua prostituição: e os
reis da terra se corromperam com ela,
e os mercadores da terra se fizeram 
ricos com o excesso das suas delícias.`

                                  APOCALIPSE, XVIII, 3





O FOGO SAGRADO


No ano de 1970 a situação internacional e a guerra fria, que se prolongam desde o fim da II Guerra Mundial, atingem una tensão insustentável. O poder nuclear escapou das mãos dos políticos (é de ter em conta que na tomada de posse de J. F. Kennedy, o General Eisenhower, referiu o poder a que chamou ´Complexo Militar-Industrial`) !. Que acontecerá? Na iminência de uma deflagração atómica, em todos os países do mundo, incluso Portugal, efetuam-se exercícios de defesa civil que corroem os nervos da população. O descalabro moral e filosofias hedonistas campeiam. 

«Viver enquanto é tempo» - é o lema desesperado de homens e mulheres. Os alicerces da Civilização vacilam, e as velhas tradições do Homem são esquecidas ou desprezadas. Não se sabe se conscientemente, se em virtude de um engano técnico (o complexo mecanismo militar consente-o) a guerra desencadeia-se. Lisboa é atingida por uma bomba atómica. A população, aterrada, evacua os campos. Ninguém conhece a extensão do desastre. Mas no grupo de sobreviventes de que ´Bernardo` faz parte, começam a nascer crianças disformes, taradas, simiescas. A radioatividade afeta os cromossomas humanos? Já não haverá esperança para o Homem?


Um livro inquietante, que é uma acusação e um grito de alarme, pela pena de Manuel de Seabra
um dos maiores escritores da então ´nova geração` .




              


O Autor a meio da obra, para dar maior realce à trama do romance, coloca em várias páginas notícias como se veem nos jornais...como são várias apenas  ficam duas para não abusar do espaço!


http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Seabra
http://en.wikipedia.org/wiki/Manuel_de_Seabra
http://cultura.gencat.net/ilc/qeq/FitxaAutors.asp?idregistre=3235



segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

«O QUINTO CAVALEIRO»






«O QUINTO CAVALEIRO»
DOMINIQUE LAPIERRE
LARRY COLLINS

Tradução de:
Armandina Puga
Capa de: José Cândido
Coleção AUTORES UNIVERSAIS
Bertrand Editores
3ª Edição 
1986
Depósito Legal Nº  10 465
Título original: «Le Cinquième Cavalier»
1980






   ´E quando abriu o quarto selo, ouvi a voz do 
  quarto vivente dizer: « Vem!»
    Olhei e vi um cavalo esverdeado; e o que o
  montava tinha por nome Morte; seguia-o o In-
  ferno. Foi-lhe dado poder sobre a quarta parte
  da Terra, para fazer perecer pela espada, pela
  fome, pela peste e pelas feras da Terra.`
                                     Apocalipse  VI, 7.8




                    Domingo, 13 de Dezembro 
             uma carta é entregue na Casa Branca.
               Começa então a mais fantástica chantagem 
                          de todos os tempos, 
                   que irá envolver Carter, Begin, 
                    Giscard, Brejnev, Kadhafi; 
           os ases de FBI, a Polícia de Nova Iorque, 
                   os carteiristas de Manhattan, 
                 os agentes do SDECE e da CIA; 
               os colonos ´selvagens` da Samaria, 
             os cientistas nucleares de Los Alamos, 
                  três terroristas palestinianos, 
              a nata dos psiquiatras americanos, 
                        o satélite «Óscar» ... 


Nos agradecimentos os autores referem que a preparação e a redação de «O Quinto Cavaleiro foi eminentemente um trabalho de equipa. E adiantam ter tido a sorte e o privilégio de ser acompanhados durante essa longa tarefa por um grupo de colaboradores excecionais.



Domingo, 13 de Dezembro o coronel Kadhafi, em carta entregue na Casa Branca, afirma que em 36 horas uma bomba termonuclear destruirá Nova Iorque, se os Israelitas não devolverem as terras ocupadas após a Guerra do Seis Dias (1967).


´A trama deste livro de «ficção», um prodigioso «suspense» de trinta e seis horas, onde se joga o destino da maior cidade do mundo.` .


Na noite de terça-feira, 15 de Dezembro, o engenho termonuclear construído por Whalid Dajani para Maummar Kadhafi foi transportado de avião para Los Alamos para ser submetido a um exame aprofundado.
Quatro dia depois, Harold Wood, o diretor do Laboratório Atómico, confirmava, num relatório confidencial ao presidente do Estados Unidos, que o engenho era rigorosamente conforme ao esquema e às indicações juntas à ´cassette` que havia sido depositada na Casa Branca no Domingo, 13 de Dezembro. Tratava-se realmente de uma bomba de hidrogénio de três megatoneladas, ou seja, cento e cinquenta vezes a potência da bomba de Hiroshima. Quanto à maleta do contator, a sua desmontagem demonstrou que os técnicos de Tripoli tinham igualmente previsto um sistema infalível para provocar a explosão à distância.
Para evitar um suicídio coletivo em caso de conflito, desde à trinta anos, e devido ao facto de possuírem armas de destruição atómica, os EUA e a URSS, mantinham um equilíbrio de terror.
Devido a isso a primeira reação de americanos e israelitas, após a neutralização da bomba foi uma vontade desenfreada de arrasar a Líbia e o seu chefe...A rede de mísseis nucleares que o chefe do Estado líbio possuía ao longo da sua fronteira leste poderia permitir terríveis represálias contra Israel.
No dia de Natal, o presidente dos EUA, convidou secretamente Menahem Begin e Muammar Kadhafi para Camp David, a fim de procurarem uma solução definitiva para o conflito israelo-árabe.
Após várias e incríveis peripécias que envolvem personalidades e a Lei Americana, vai caber ao 
prefeito Bannion e ao inspecor  Angelo Rocchia, a responsabilidade de fazer reverter a situação.
A última palavra desses terríveis dias de Dezembro seria dirigida ao polícia nova-iorquino Angelo Rocchia no decurso de uma pequena receção na Câmara Municipal...a receção  da mais alta condecoração da Polícia, ´The Legion of Honor` .


http://fr.wikipedia.org/wiki/Le_Cinqui%C3%A8me_Cavalier



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

«O Judaísmo Antigo» - Max Weber




«LE JUDAÏSME ANTIQUE»
      MAX  WEBER
Tradução do Alemão por: 
FREDDY  RAPHËL
RECHERCHES EN SCIENCES HUMAINES - 31
Études de sociologie de la religion 
  TOME TROISIÈME
LIBRAIRIE PLON
PARIS. 1970
615 PÁGS.


Título original: 
´Gesammelte Aufsäze zur Religionssoziologie, Band III
       (Tübingen, Mohr, 1920)


O ´Judaísmo Antigo` é o terceiro tomo da edição francesa dos ´Études de sociologie de la religion` de Max Weber. O primeiro tomo ´L'étique protestante et l'esprit du capitalisme'  (há tradução portuguesa!), foi igualmente publicado nesta coleção.


Foi no outono de 1916 que Max Weber (conhecido como o ´Marx do capitalismo`), mergulhou no estudo do Judaísmo antigo e que releu com imensa atenção a 'Tora', os 'Profetas' e os 'Escritos,
(Tanaka), que já tivera ensejo de analisar no decurso da redação de ´Economia e sociedade` (Wirtschaft und Gesellschaft), editados neta mesma coleção da Plon, na Série Vermelha!. Em 1917e 1919, publicou nos seus ´Archiv` os primeiros resultados do seu estudo sobre o judaísmo antigo. Weber propunha-se analisar ainda os Salmos, o Livro de Job e o judaísmo Talmúdico, porém a morte impediu-o de levar acabo o seu projeto! Um desprendimento soberano e uma impassibilidade serena do seu destino caracterizavam Max Weber ao mais alto grau. Talvez dissesse ainda hoje, como era seu hábito: ´Aquilo que não posso fazer, outros o farão!'


Max Weber aborda de modo ´sui generis` - ´O Problema sociológico da história religiosa do povo judaico`: 


-É por referência ao sistema de castas do hinduísmo que chegamos a melhor compreender o que há de específico no judaísmo antigo. Tanto no plano da história religiosa como da sociologia. Pois quem eram, por conseguinte os judeus, sociologicamente falando? Pura e simplesmente um povo ´pária`, ou dizendo de outro modo, como nos mostra a índia, um povo-hóspede (Gastvolk), vivendo num meio estrangeiro do qual é separado ritualmente, formalmente ou efetivamente. Daqui decorrem o seu ´guetto` voluntário, que precedeu de longe a reclusão que lhe foi imposta.
Ora: 
1) O judaísmo era, ou antes tornou-se, um povo pária num mundo que ignorava o sistema de castas.
2) As promessas de salvação, das quais era inseparável a singularidade ritual do judaísmo, diferem de um modo absoluto das castas indianas. Para os párias da Índia, a recompensa depende de aceitar a sua condição, para haver uma ascensão na reencarnação seguinte. Portanto a aceitação de algo imutável!
Para os judeus a promessa era precisamente o inverso: a ordem social do universo é a oposta à verdadeira ordem que será restabelecida no ´fim dos tempos`, e um dia, no seguimento de uma como que mutação, a ordem real será substituída por esta ordem espiritual na qual os judeus reencontrarão a sua posição de povo superior (Herrenvolk).
3) É a estrita observância dos ritos, e a segregação que resulta no que respeita ao meio social ambiente, consistia e derivava dos mandamentos que indicavam ao povo judaico manter-se como um povo ´separado`!
O judaísmo como religião revelada, impõe ao povo eleito ensinar a verdade da Tora e levar os ´povos` à situação de assimilação e entrada na verdade que conduz ao reino!



       

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

«Israel das origens até meados do século VIII a.c.»






«ISRAEL 
 DAS ORIGENS ATÉ MEADOS 
 DO SÉCULO VIII a.c.»
   ADOLPHE LODS

Tradução: 
Maria Isabel Castro Henriques
Revisão: 
Horácio Francisco Camilo
Biblioteca Evolução da Humanidade
EDITORIAL INÍCIO - s/d
LISBOA 
662 págs.
Título original: 
´Israel des Origines 
 au milieu du VIIIe siècle`
Éditions Albin Michel
PARIS, 1970




O que confere ao povo de Israel um lugar único, de importância igual ao da Grécia  e de Roma na história da Humanidade, é a sua religião, mãe do cristianismo, do judaísmo e do islamismo. As obras consagradas, nesta coleção, a Jesus Cristo e a Maomé são pois acompanhadas por três volumes tratando da história de Israel e, em particular, da sua religião.

Nesta obra pode seguir-se a história das tribos hebraicas, até ao momento em que, fixadas em Canaã, se transformaram num povo sedentário. Podemos saber como se formou a sua religião e como se deu a difícil adaptação a um novo género de vida. Para isso, o Autor teve de levar-nos numa viagem ao passado para que o meio geográfico, histórico e social de toda esta região do antigo Oriente fosse compreendido!

A primeira parte estuda a Palestina - ou, mais precisamente, Canaã - antes da fixação dos Hebreus nessa região; a segunda parte procura definir quem eram esses hebreus nómadas antes da sua instalação em Canaã; finalmente, a terceira parte descreverá a história de Israel, desde a sua entrada na Palestina até meados do século VIII a. C. , portanto até à invasão e conquistas assírias.


   
                                                                 ÍNDICE

INTRODUÇÃO

                                                       PRIMEIRA PARTE

                           CANAÃ ANTES DA FIXAÇÃO DOS ISRAELITAS

LIVRO I
DADOS HISTORICOS E ORGANIZAÇÃO SOCIAL

LIVRO II
O ESTADO RELIGIOSO DA PALESTINA NO TEMPO DO ESTA-
                            BELICIMENTO DOS ISRAELITAS


                                                       SEGUNDA PARTE

OS HEBREUS ANTES DO SEU ESTABELECIMENTO NA PALESTINA

LIVRO I
OS DADOS HISTÓRICOS E A ORGANIZAÇÃO SOCIAL

LIVRO II
A RELIGIÃO DOS HEBREUS NÓMADAS


                                                         TERCEIRA PARTE

                                                ISRAEL NA PALESTINA
             (DESDE O ESTABELECIMENTO NESTE PAÍS ATÉ ÀS INVASÕES
                                                           ASSÍRIAS)

LIVRO I
OS DADOS HISTÒRICOS E A ORGANIZAÇÂO SOCIAL

LIVRO II
A RELIGIÂO DOS ISRAELITAS NA PALESTINA

BIBLIOGRAFIA
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
MAPAS




  





«Djibouti e o Corno de África» - Virginia Thompson et Richard Adloff

A Georgiana Stevens







           «DJIBOUTI ET LA 
        CORNE DE L'AFRIQUE»
VIRGINIA THOMPSON et RICHARD ADLOFF
Traduit de l'américain par:
Robert de Saint Véran
Translated and published by arrangement 
with Stanford University Press
Copyright (c) 1968
378 páginas
Traduzido da obra «DJIBOUTI AND THE HORN OF AFRICA»
e publicado com a autorização da STANFORD UNIVERSITY. 
STANFORD, CALIFÓRNIA (EUA), 1968, pelo tradutor,
3 rue de Beaulieu, Cagnes-sur-Mer, 1972


À época da publicação original e tradução francesa, os autores consideravam que o ´Djibouti` constituía uma sobrevivência colonial! A França passou a designar o território, hoje de cariz político misto, como ´Territoire Français des Affaires des Issas (T.F.A.I.). De facto, na opinião dos autores as dimensões limitadas e a fraca densidade da população da Somália Francesa (em abreviatura TFAI) bem como a mediocridade dos recursos económicos, acharam que um estudo pormenorizado deste território  poder parecer de fraco interesse no plano da pura erudição.
O poder relativo das forças armadas não se traduziria provavelmente num recurso viável a um teste imposto por um conflito armado!


Hoje talvez a conclusão fosse diferente dada a ´pirataria` vinda da Somália, com capital em Mogadixo!...





SOMMAIRE


Introduction             VII

Ière Partie: La population et la politique 1
I - Rétrospective historique   3
     L'arrivé des Européens     6
     La colonie de la Somalie Fançaise  10
     Les Italiens et la Somalie Française  17
     La deuxième guerre mondiale    23

2 - Les nomades et les sédentaires   36
     Les nomades     35
     Les sédentaires     44

3 - Les structures du gouvernement   61
      Le gouvernement territorial   31
      Les Cercles    72
      L'administration   77
      La justice et les tribunaux    82
      Les forces armées     87

4 - La scène politique     99

5 - Les relations extérieurs    163
     L´Éthiopie    166
     La République de Somalie   189
     Les pays arabes   207
     L' Égypte    212


2ème Partie: Le plan social et le plan éco-
             nomique                                            219

6 - Le développememt social    221
     La religion      221
     L'enseignement     224
     Les activités culturelles et les
        moyens de communication       247
    Le développement des services sa-
       mitaires et sociaux                          263

7- L'économie tradicionnelle         263
       Les ressources en eau              263
       L'agriculture et la sylviculture      266
       La pêche                                          277
       Le sel et les autres minérruax       279

8-   L'économie moderne                      283
       La puissance électrique                 283
       Les industries                                 284 
       Les Finances et le Plan                  285
       Le commerce                                  300
       Les transports                                314
       Le travail                                        335


Notes                                                       357

Bibliographie                                         369
       

domingo, 6 de fevereiro de 2011

«Inquirição ao Anticolonialismo» - «Enquête sur L' Anticolonialisme » - «Inquiry on Anti-Colonialism» - ´Estudos de Ciências Políticas e Sociais` - 1957



         

MINISTÉRIO DO ULTRAMAR
JUNTA DE INVESTIGAÇÕES DO ULTRAMAR
     Centro de Estudos Políticos e Sociais  


ESTUDOS DE CIÊNCIAS POLÍTICAS E SOCIAIS
                                   I I


«ENQUÊTE SUR L'ANTICOLONIALISME»



      «INQUIRY ON ANTI-COLONIALISM»


                                 1957
394 páginas
    
  


Trata-se de uma coletânea de ´notáveis estudos` como lhes chama o falecido Vice-Almirante Sarmento Rodrigues, que cumpre a tarefa de fazer a Introdução!
Nesta obra colectiva,  foi  utilizada a língua inglesa na ´Introduction` , a cargo de Sarmento Rodrigues, pelo que não é correcto afirmar-se que foi escrita em inglês!...
As línguas utilizadas foram: inglês, francês e castelhano.
É de realçar a comunicação do malogrado Eduardo Mondelane, ´assassinado` por uma explosão
em Dar-Es-Salaam, quando procedia à abertura de algo que lhe fora enviado pelo correio...operação sinistra de que pode muito bem ter sido responsável a ´sinistra` ´Aginter Press` , uma espécie de  ´Gládio`  que actuava em Portugal!


O livro abre com uma Introdução do  então Comodoro Sarmento Rodrigues, que dá um
grande realce aos potenciais perigos dos países Comunistas, não deixando de fazer uma severa crítica aos EUA, nomeadamente acerca da crise do Suez.  Afirma: ´Al action tending to detach Africa from Europe, will have pernicious consequences for all, save the enemies of the West.`
Afirma a necessidade de os EUA, como aliados preferenciais, deverem respeitar os direitos de soberania e não procurar quebrar esse ritmo em favor de ideologias, tais como independência, democracia, etc. (como não ter presente a actual ingerência nos assuntos internos da grande nação Egípcia...).


INDEX:

INTRODUCTION: M.M.SARMENTO RODRIGUES (Comodoro da Marinha de Guerra e ex-Ministro
                                  do Ultramar e ex-Governador Geral de Moçambique.)  

LE MOUVEMENT D'EMANCIPATION DANS LES COLONIES:  
por J. ROUSSIER (Director do  Centro de investigações do Direito Comparado, 
Professor na Faculdade de Direito - 
Encarregado do Ensino do Direito Muçulmano na Universidade de Argel.)    

LES CAUSES DES MOUVEMENTS D'AUTONOMIE EN AFRIQUE DU NORD: 
pelo Professor R. LE TOURNEAU (Faculdade de letras de Argel)

LAS DEPENDENCIAS ESPAÑOLAS: pelo Catedrático José Cordero Torres 
(Instituto de Estudos  Políticos - Secção de Estudos Africanos e Orientais - Madrid.)

DEVELOPMENTS TOWARDS SELF-GOVERNMENT IN DEPENDENT TERRITORIES 
OF UNITED STATES: 
pelo Professor HENRY WELLS (Departamen de Ciências Políticas, 
Universidade da Pensilvânia.)
ANTI-COLONIALISM IN THE UNITED STATES: 
por EDUARDO MONDLANE (New York)

SELF-GOVERNMENT MOVEMENTS IN AUSTRALIA AND

NEW ZEALAND IN THE NINETEENTH CENTURY: 
pelo Professor C.H. CURREY M.A., L.L. ,R.A.H.S. 
(Escola de Direito, Universidade de Sydney)

THE EXPANSION OF PORTUGUESE IN THE OVERSEAS IN THE LIGHT OF MODERN
ANTHROPOLOGY: 
pelo Professor Jorge Dias (Instituto Superior de Estudos Ultramarinos - Lisboa)

UNIVERSAL AND REGIONAL ORGANIZATIONS IN AFRICA: 
pelo Professor Joaquim Moreira da Silva Cunha 
(Instituto Superior de Estudos Ultramarinos - Lisboa)

THE SOUTH PACIFICA  AND AUSTRALIA: 
pelo Professor A. P. ELKIN (Universidade de Sidney)

L'EVOLUTION POLITIQUE DES ANCIENS TERRITOIRES COLONIAUX

NEERLANDAIS:  pelo Dr. Van Helsdingen 
(Agregado do Ministério do Ultramar - Países Baixos)

CAUSES OF THE MOVEMENTS FOR AUTONOMY AND OF INDEPENDENCE
OF BRASIL:  
por Hélio Vianna (Professor de História do Brasil da 
Faculdade de Filosofia Universidade do Brasil)

ANTI-COLONIALISM IN THE UNO, 
pelo PROFESSOR ADRIANO MOREIRA
(Instituto Superior de Estudos Ultramarinos de Lisboa)


«CRUZ NEGRA» - 'O sumário da Conspiração Contra o Líbano








              «CRUZ NEGRA»
                             ou

          ´   O Sumário da Conspiração contra o Líbano
`
                     'União SocialistaÁrabe` 
                      Formação Nasseriana

Livro traduzido nos seguintes idiomas: 
Francês, Inglês e Espanhol
Beirute,
 Julho de 1976
299 págs.


Esta obra, escrita em língua castelhana. está repleta de ´informação` e é ´pródiga` em imagens, a preto e branco bem como a cor, procurando narrar a ´Guerra Civil` no Líbano, de 1968 a 1975!


Começa por afirmar:

ESTE LIVRO REFLECTE:  
- AS DIMENSÕES DA CONSPIRAÇAO URDIDA 
CONTRA A NOSSA NAÇÃO ÁRABE - 
-O SEU IMPACTO E TODO    O SEU HORROR. 
QUEREMOS QUE ESTE LIVRO SEJA UMA 
IMAGEM FIEL E COMOVEDORA DE 
NOSSAS TERRÍVEIS VIVÊNCIAS`

União Socialista Árabe, 
Formação Nasseriana.


O livro manipula de modo faccioso os acontecimentos decorridos entre 1968 e 1975 no Líbano, país à época de maioria Cristã Maronita! A Constituição dispunha que se o Presidente da República fosse cristão, o Primeiro Ministro seria Muçulmano, e vice-versa!
Acontece que tendo já havido grades tensões nesse país, com a intervenção de Nasser, no tempo da famosa ´República Árabe Unida`, formada no ano de 1958  entre o Egipto e a Síria, tendo findado em 1961, com o Egipto a continuar a usar essa designação até 1971!...
Apesar da enorme cópia de transcrição de ´documentos`, para não falar de imagens, é evidente que é uma obra de propaganda à maneira da ´Agitprop` Soviética!

Como em 1968 a Organização de Libertação da Palestina (OLP) invadisse o Líbano, aqui na obra entende-se que esse país, para além ter de aceitar o facto com agrado ainda deveria permitir que essa organização fosse quem dirigiria o Líbano! Tratava-se de fazer pender o Líbano para o lado que agradava a Nasser e também a Muammar al-Gaddafi, bem como à OLP, que nesse país encontraria ´santuário` na sua luta contra o Estado de Israel!
Havia dois interesses, acabar com a Constituição, que protegia a maioria relativa Cristã, que é denominada de ´Seita` Maronita (!) e dar à OLP, em tudo obediente a Nasser, um modo de dominar o Líbano.
Além destas intenções haveria a possibilidade de ficar com fronteira com a Síria que Nasser odiava desde 1961 e ainda mais a partir de 1963 quando o ´Baa'th` tomou o poder na Síria!
Os cristãos defenderam-se, e a ´Falange`cristã exagerou, tendo cometido crimes,tal como irá aconter em 1982, durante a chamada operação «Pax na Galileia». Porém, a Síria acabou por intervir tendo havido um cordial encontro entre o Presidente sírio Hafez al-Assad com o Presidente libanês Suleiman Franjieh em 1975, facto que vem acabar com a ´esperança` acarinhada por Nasser e a O.L.P.
O grande dirigente socialista ´Druzo` libanês, Kamal Jumblat é ignorado no corpo da obra, surgindo apenas num fotografia! Infelizmente seria assassinado em 1977.

Frustradas as intenções de dominar o Líbano, surgem acusações ao ´Sionismo` , refere-se a obra do jornalista indiano R. K. Karanjia, e a sua afirmação do punhal cravado por Israel na Nação Árabe, o que de facto é afirmado numa sua obra ´Israel is a dagger in arabs body`. Ao livro foi dado o título «O punhal de Israel»!

Em suma toda a narrativa, agravada pelo encontro dos dois presidentes, termina com um capitulo, o ´Oitavo`:


«Os Novos Cruzados e a Partilha»


Em conclusão e a seguir à fotografias dos líderes egípcio e líbio, 
afirma-se de novo:


AQUI ESTÃO OS SEUS ARGUMENTOS, E AQUI ESTÃO OS NOSSOS, DISSERAM O QUE TINHAM A DIZER. 
SÓ A NAÇÃO ÁRABE, OBJECTO DO COMPLOT, E A CONSCIÊNCIA HUMANA, PODERÃOARBITRAR.

União Socialista Árabe, 
Formação Nasseriana.



sábado, 5 de fevereiro de 2011

Afinal o que se deve entender por Pátria Áabe'?






Esta imagem, que é apresentada no Livro atrás referido «Le Ba'th et la Patrie Arabe», do Dr.Kassim Sallam, mostra o que é entendido por ´Pátria Árabe` , de facto um ´Pan-Arabismo`,uma 'União dos Países Árabes, de esmagadora maioria de Religião Islâmica (excepto o Líbano...até à poucos anos de maioria relativa Cristã)!

De fora fica o Islão não árabe, de origem Indo-Europeia, como a Turquia. o Irão, etc. 
ou os países da África Sub-Sahariana.

Esse Pan-Arabismo é encarado e interpretado de modo radicalmente oposto: um laico e mesmo socialista, em que à semelhança da Turquia, pós-revolução dos 'Jovens Turcos, dirigida e implantada por Mustafa Kemal, ´Atatürk` , onde a Religião não pode interferir nos assuntos de
Estado, ou os Islamitas, como a «Irmandade Muçulmana` que pretende um 
Pan-Arabismo Islâmico, onde Islão é simultaneamente 'Política e Religião!

Nota: o Estado de Israel, não existe no mapa. Toda a zona é designada por Palestina!!!


quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

«O 'Baath e a Pátria Árabe» - Kassim Sallam

DEDICATÒRIA
        'Em memória de todos os mártires 
         do Partido Ba'th Árabe Socialista, 
      que lutaram pelo triunfo de seus 
               princípios e pela libertação da Nação 
              Árabe, e que derramaram seu sangue
pela grande Pátria Árabe





«LE BA'TH ET LA PATRIE ARABE»
   KASSIM SALLAM
EMA - ÉDITIONS DU MONDE ARABE
PARIS, Première édition, Août 1982
ISBN 2-86584-006-9
447 págs.


O Doutor Kassim Sallam, membro do Comando Nacional do Partido Ba'th Árabe Socialista, 
(Partido Baas), nasceu em Taëz, no Yemen, em 1942. Começou por militar no seio do ´Movimento dos Ahrars Yemenitas` e ingressou muito cedo nas fileiras do Ba'th, em Aden, em 1958.
Afastado de Sanaa, devido à sua atividade política, o Doutor Sallam dirigiu-se para o Cairo, e de seguida para a Itália onde prosseguiu os seus estudos universitários. Foi aí, na Universidade de Perugia que obteve o seu Doutoramento em Ciências Políticas, defendendo a investigação, para a sua Tese, de que é objeto este livro (esta obra constitui o conteúdo integral do deu Doutoramento!).
O Doutor Sallam representou, no Oitavo Congresso do Partido Ba'th Árabe Socialista reunido em Damasco em 1965, a organização do Partido em Itália.
Foi eleito pela primeira vez, membro do Comando Nacional do Partido (a mais alta instância dirigente) a quando do Décimo Congresso Nacional que se realizou em Bagdad em Março de 1970. De seguida, foi reeleito para o Comando Nacional que se desenrolou igualmente em Bagdad. Continua a assumir numerosas responsabilidades militantes e nacionais.


O estudo universitário apresentado nesta obra obteve as mais altas distinções científicas. Contudo, distingue-se dos estudos académicos tradicionais. Com efeito o Autor não era à época da redação da sua Tese um simples estudante. Não redigiu essa tese nos bancos da Universidade nem no quadro de uma investigação científica abstrata. pois era par além de um investigador de qualidades reconhecidas, um militante de grande experiência e investido de importantes responsabilidades no seio da mais alta instância nacional do Partido Ba'th. O Autor preencheu uma importante lacuna para a compreensão do Partido Ba'th Árabe Socialista, a conjugação de dois modos de o encarar: um, objetivo e fiel, trazido do exterior; o outro, trazido do interior, vivo, juntando à análise objetiva a riqueza duma demanda motivada e inquieta do saber.
Nesta obra encontra-se uma exposição sedutora, homogénea, rica em elementos explicativos, da evolução histórica árabe. O estudo acompanha a ascenção da luta árabe revolucionária da qual o
Baas constituiu o núcleo essencial. Analisa o conflito entre árabes e os seus adversários e denuncia
as traições e divisões do movimento político árabe!


http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/polit_0032-342x_1982_num_47_4_3275_t1_1075_0000_4







                                                          KASSIM  SALLAM  SAÏD