terça-feira, 31 de maio de 2011

«Deus o que é?» - 'Cadernos 'O Tempo e o Modo' 3

                       «NÃO ACREDITES, ALMA MINHA, NA VIDA ETERNA, MAS ESGOTA OS LIMITES DO POSSÍVEL»


                                                                                                          PÍNDARO







«DEUS 
 O   QUE 
  É ?»

´CADERNOS O TEMPO E O MODO` 
  364 pags.

NOTA DE ABERTURA 

M.S. LOURENÇO -   POEMA  


ARTIGOS

M.S. LOURENÇO - MATEUS, 6, 9-13    
FERNANDO MELRO - DA AMBIGUIDADE DE FALAR DE DEUS
ANDRÉ VERGOTE - O REALISMO DA FÉ PERANTE A DESSACRALIZAÇÃO DO MUNDO
J. SOUSA MONTEIRO
M.S. LOURENÇO       -  DEUS E A METAIDEOLOGIA DO CONCRETO


DEBATE GRAVADO I

ALBERTO VAZ DA SILVA - ANA BÉNARD DA COSTA - BENTO DOMINGUES, O. P. - EDUARDO VELOSO -
- JOANA LOPES - JOÃO BÉNARD DA COSTA - LUÍS BÉNARD DA COSTA - MARIA BELLO - NUNO DE
BRAGANÇA - TERESA MARTINS DE CARVALHO - VÍTOR WENGOROVIUS


INQUÉRITO

ALBERTO VAZ DA SILVA - ANTÓNIO JORGE MARTINS - EDGAR MORIN - EDUARDO LOURENÇO - 
- EDUARDO VELOSO - FERNANDO BELO - HANS KÜNG - JOÃO BÉNARD DA COSTA - JORGE DE SENA -
- JOSÉ LUIS CALHEIROS - LUÍS SOUSA COSTA - MANUEL DE LUCENA - NUNO DE BRAGANÇA -
- PIERRE EMMANUEL - RENÉ LAURENTIN - VERGÍLIO FERREIRA


DEBATE GRAVADO II

ALFREDO BARROSO - ARMANDO TRIGO DE ABREU - JAIME GAMA - JOÃO MARTINS PEREIRA - JOSÉ
CARLOS LIMA - JOSÉ LUÍS NUNES - MÁRIO SOTTOMAYOR CARDIA - MIGUEL CASTRO HENRIQUES


ANTOLOGIA

JEAN CARDONNEL - NÃO HÁ REVELAÇÃO SEM REVOLUÇÃO
E. SCHILLEBEECKX - O DEUS OCULTO
HARVEY COX - FALAR DE DEUS DE UMA FORMA SECULAR
J. M. GONZÁLEZ-RUIZ - HUMANISMO ATEU E DEUS BÍBLICO
RUDOLPH BULTMANN - MENSAGEM CRISTÃ E VISÃO MODERNA DO MUNDO
FRANCIS JEANSON - MORAL SEGUNDO DEUS OU EMPREENDIMENTO HUMANO
SIGMUND FREUD - O QUE HÁ DE VERDADE NA RELIGIÃO
MAURICE BLANCHOT - O ATEÍSMO E A ESCRITA
A. ALÇADA BAPTISTA - ´REFLEXÕES SOBRE DEUS`


TEXTOS DE
S. AGOSTINHO - BERTRAND RUSSEL - BUDA - BUDISMO ZEN - S.ª CATARINA DE SENA - DESCARTES -
-ECKARTH - ENGELS - F. VARILLON - GEORGES BATAILLE - HADITS - GREGÓRIO DE NISSA - HENRY
MILLER - HERMES TRIMEGISTA - JALDLIM EL RUMI - S. JOÃO DA CRUZ - KARL MARX - KIERKEGAARD-
- LENINE - LUTHERO - MANUEL DE BERNARDES - MAURICE BLONDEL - MICHEL BAKUNINE - NICOLAU DE CUSA - NIETZSCHE - PASCAL - PÍNDARO - SIMONE WEIL - S. TOMAZ - WACITI



                                               Correspondência (p. 364)


  Caros amigos

  Neste fim de ano atribulado tentei duas vezes responder ao vosso inquérito sobre Deus.
  Uma primeira vez, no comboio. Depois, em frente de um máquina de escrever. O resultado foi lamentável. Rabiscos balbuciantes e impublicáveis. DESCULPEM! Deus há-de desculpar-me com certeza porque até talvez prefira que eu me cale àcerca dele - ele própro se cala tanto neste mundo de hoje.
  Só vos peço que não me interpretem mal.  Eu gostava mesmo de ter colaborado neste caderno 
 O TEMPO E O MODO-
  Creiam na amizade sincera do

                                                                                                              ROBERT DE MONTVALON






«Estruturalismo» - 'Antologia de textos teóricos`

                                 ´O ESTRUTURALISMO NÃO É UM MÉTODO NOVO, É A CONSCIÊNCIA 
                                                           DESPERTA E INQUIETA DO SABER MODERNO`
                                                                                   
MICHEL FOUCAULT
                                       






       
     
           «ESTRUTURALISMO»
           'antologia de textos teóricos'


     Foucault * Derrida * Lévi-Strauss *
   Althusser * Lacan * Sartre * Barthes *
                  * Sebag * e outros

Selecção e introdução de Eduardo Prado Coelho

Tradução de
Maria Eduarda Reis Colares
António Ramos Rosa
e Eduardo Prado Coelho

A ilustração a cores, na capa e frontispício,
é reprodução de um quadro de Paul Klee

Coleção problemas - 24
Portugália Editora
Lisboa, 1968
417 págs.



                                                    ÍNDICE

Eduardo Prado Coelho - Introdução a um pensamento 
    cruel: estruturas, estruturalidade e estruturalismo 
Lisboa, 20 de Agosto de 1967 

                                                TEXTOS GERAIS


Jean Pouillon - Uma tentativa de definição

Roland Barthes - A actividade estruturalista

Entrevista de Michhel Foucault à 'Quinzaine Littéraire'

François Châtelet - Como vai o estrturalismo?

Michel Foucault - As ciências humanas

Jacques Derrida  - A estrutura, o signo e o jogo no
       discurso das ciências humanas

Entrevista de Jean-Paul Sartre para 'L'ARC'


                                                                   ANTROPOLOGIA CULTURAL

Serge Thion  - Estruturologia

vi-Strauss - Introdução à obra de Marcel Mauss

Lucien Sebag  - O mito: código e mensagem


                                                          PSICANÁLISE

Jacques-Alain  Miller - A Sutura (Elementos de lógica~
      do significante)

Jean-Claude Milner -  Que é a Psicologia?

Louis Althusser - Freud e Lacan

Jacques Lacan - A instância da letra no inconsciente
       ou a razão desde Freud


                                                  MATERIALISMO DIALÉCTICO

Louis Althusser  - A imensa revolução teórica de Marx

Maurice Godelier - Notas sobre os conceitos de estru-
      tura e de contradição

Alain Badiou - O (re)começo do materialismo dia-
      léctico


                                                                               ESTÉTICA


Roland Barthes - Que é a crítica?

Gérard Genette - Estrturalismo e Crítica Literária

Lévi-Strauss - Estruturalismo e crítica

Alain Badiou - A autonomia do processo estético



                                                  






segunda-feira, 30 de maio de 2011

«Trotsky e a Segunda Guerra Mundial»






«TROTSKY 
  E A SEGUNDA 
  GUERRA MUNDIAL»

´Textos reunidos e apresentados
  por Daniel Guérin

COLECÇÃO: ´BIBLIOTECA ARCÁDIA`
TRADUÇÃO: VIRGÍLIO MARTINHO
REVISÃO TIPOGRÁFICA: JOSÉ IMAGINÁRIO
CAPA: VICTOR SANTOS
1ª Edição em português, Março de 1975
EDITORA ARCÁDIA, S.A.R.L.
Nº de edição - 599
237 pags.

MARGUERITE BONNET (Copyright)




Este livro é uma compilação de artigos e entrevistas que Trotsky redigiu para diversos jornais, de Agosto de 1937 a Agosto de 1940, data em que foi assassinado por ordem de Estaline.

Referem-se aos antecedentes, ao desencadear e ao primeiro ano da II Guerra Mundial - período particularmente dramático da história.
Trtotsky, não viveu este drama até ao fim. Porém as suas previsões são tão lúcidas que ultrapassam largamente a data da sua morte. 

Em 1938, prevê o 'Pacto Germano-Soviético' e em 1939, a invasão da URSS pela Alemanha de Hitler.

Com cerca de 20 anos de antecedência, anuncia a emancipação das colónias e a criação da União Europeia.

Em suma: a história do futuro, analisada por um homem que foi simultaneamente um grande teórico marxista, um político e chefe militar!...











TÍTULO ORIGINAL: 
«LÉON TROTSKY
Sur la Deuxiéme Gueere Mondia
Textes rassemblés et présentés 
par Daniel Guérin
Copyright:
Marguerite Bonnet
Bibliothèque Politique
ÉDITIONS DU SEUIL
PARIS,1974
217 pags.








«Democracia e Liberdade» -







   «DEMOCRACIA E LIBERDADE»
       SEMANA DO PENSAMENTO MARXISTA 
           PARIS, 9-15 DE MARÇO DE 1966
        PREFÁCIO DE ROGER GARAUDY

TRADUÇÃO: EDUARDO SALÓ
CAPA: ISABEL CAMPOS
GALERIA PANORAMA
SÈRIE _ 'CULTURA CONTEMPORÂNEA
DIRECÇÃO DE NEVES RAMOS
EDIÇÕES ACRÓPOLE, LDA (s/d)
D. L - 1974
291 págs.
TÍTULO ORIGINAL: ´SEMAINES DE LA PENSÉE MARXISTE`
                                     PARIS, 9-15 MARS 1966
                                     PRÉFACE DE ROGER GARAUDY
ÉDITIONS SOCIALES
PARIS, 1966
251 p.





O tema escolhido para esse ano, «Democracia e Liberdade», foi sugerido pelas novas condições históricas da vida política francesa.

A Semana contribuirá para determinar o princípio comum de oposição à própria essência de um regime baseada no que Karl Marx denominava o ´desprezo monárquico do homem` .

Jean Jaurès definia admiravelmente esse princípio ao afirmar: «Na nossa França moderna, em que consiste a República? É um grande ato de confiança. Instituir a República representa proclamar que milhões de homens saberão traçar por si próprios a regra comum da sua ação que nunca procurarão, numa ditadura, mesmo passageira uma treva funesta e um repouso cobarde` .

A organização da Semana empenhou-se em saudar o facto novo dessa 5ª Semana: pela primeira vez, o Partido Socialista - S.F.I.O. («Section Française de l'Internationale Ouvrière»), que no Congresso de   Tours(1920), se cindiu do Partido Comunista Francês, participou com os seus dirigentes e teóricos nos debates, bem como o Partido Radical e Cristãos Progressistas!


O ´Centro de Estudos e Pesquisas Marxistas` disse orgulhar-se por ter contribuído, com as sua Semanas, para que tal acontecesse, na certeza de que essas confrontações abrirão a perspetiva da esperança!



                                                             ÍNDICE

PREFÁCIO por Roger Garaudy, Director do Centro de
      Estudos e Pesquisas Marxistas


DEMOCRACIA E INSTITUIÇÕES


DEMOCRACIA E ECONOMIA


PROBLEMAS FILOSÓFICOS DA LIBERDADE


DEMOCRACIA, EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E FORMAÇÃO DA PERSONALIDADE


DEMOCRACIA E SOCIALISMO





«Essência e Efeito do Conceito de Mito» - Ernst Cassirer




«ESENCIA Y EFECTO 
 DEL CONCEPTO 
 DE SIMBOLO»
  ERNST CASSIRER

TRADUÇÃO: 
CARLOS GERHARD
FONDO DE CULTURA ECONOMICA
MÉXICO, 1975
215 páginas
TÍTULO ORIGINAL: 
«Wesen und Wirkung des Symbolbegriffs»
Wissenschaftliche Buchsellschaft
Darmstadt - 1956
Reprinted: Yale University, New Haven
                Connecticut U:S:A:






Enquanto alargava fecundamente o âmbito da filosofia neo -kantiana, na sua monumental «Filosofia das Formas Simbólicas», Ernst Cassirer escreveu vários trabalhos, reunidos neste volume, que situam e esclarecem algumas das premissas fundamentais da sua obra magna!


Não é apenas a razão humana, no sentido de Kant, que abre as portas à compreensão da realidade; é, antes, a mente humana em conjunto, com todas as suas funções e impulsos, com todas as suas capacidades de imaginação, sentimento e volição - para além da lógica - , que estende a ponte entre o homem e a realidade, cujo cabal conceito não pode ser avaliado num estreito e apertado molde abstrato.


Toda a forma simbólica - não só o sistema epistemológico mas também os territórios intuitivos - suscita uma revelação que está voltada para o exterior, uma síntese de mundo e mente. É incumbência da Filosofia analisar as funções mentais que determinam a vasta multiplicidade dos seus recursos.


A linguagem e o mito são talvez os mais antigos de entre estes modos de captação. Não se prendem, originariamente às categorias da chamada lógica discursiva, se bem que a linguagem conseguiu vencer as suas peculiaridades iniciais e desembocar naquilo que hoje chamamos razão ou ciência.

Isto nos conduz ao âmago do pensamento de Cassirer: a filosofia é muito mais que teoria do conhecimento; deve abarcar uma teoria da conceção e expressão pré-lógicas, e o seu culminar na razão e no conhecimento fáctico. 


Esta obra é completada por uma réplica de Cassirer ao filósofo sueco Marc-Wogau, a propósito  da ´filosofia das formas simbólicas` 


                                                      ÍNDICE

A forma do conceito no pensamento mítico

Linguagem e mito. Sobre o problema dos nomes dos
   deuses

O conceito da forma simbólica na construção das 
    ciências do espírito

Da lógica do conceito de símbolo



«Linguagem Mito e Religião» - Ernst Cassirer




«LINGUAGEM, MITO E RELIGIÃO»
 ERNST CASSIRER
TRADUÇÃO RUI REININHO
COLECÇÃO SUBSTÂNCIA - 5
EDIÇÕES ´RÉS` LIMITADA
FEVEREIRO -1976
164 Páginas

TÍTULO ORIGINAL: 
«SPRACH UND MYTHOS»
ERNST CASSIRER




A mitologia é natural e inevitável, e representa uma necessidade inerente à linguagem, se reconhecermos nela a forma externa e manifestante do pensamento; ela é, no fim de contas, a obscura sombra que a linguagem projeta sobre o pensamento, sombra que não desaparecerá enquanto a linguagem e o pensamento não se demarquem e projetem do todo: o que nunca se conseguirá. 
É de ver que a mitologia brotou, com redobrada força, dos tempos mais antigos da história do pensamento humano; nunca desaparece, porém, de vez. Nublando o pensamento temos hoje a nossa mitologia, como existiu nos tempos de Homero, com a diferença de que, atualmente, não reparamos nela. porque vivemos na sua própria sombra, e porque todos retrocedemos ante a luz meridiana da verdade-


Mitologia, no mais elevado sentido da palavra, significa o poder que a linguagem exerce sobre o pensamento, e isto é um facto efetivo, em todas as esferas possíveis da atividade mental!...


ÍNDICE

I - A linguagem e o mito, sua situação dentro da cultura humana  5
II - A evolução das ideias religiosas   31
III - Linguagem e conceção     43
IV - A palavra mágica        79
V - Fases sucessivas do pensamento religioso    107
VI - O poder da metáfora   139


domingo, 29 de maio de 2011

«As Provocações Policiais» - Bernard Thomas

             «Uma antologia das mais célebres, imaginosas e rocambolescas ´Provocações Policiais`. 
              Um livro saboroso, posto que algumas histórias são bem saborosas, um livro útil, 
                pois ninguém ninguém diga 'desta água' (a das provocações) 'não beberei'






«AS 
  PROVOCAÇÕES 
            POLICIAIS»
  BERNARD THOMAS

Traduçãu de: Luís Matoso
Capa e arranjo gráfico de: Victor Belém
Colecção Real-Imaginário
Lisboa, 1974 (Junho)

Título original:
«Les provocations Policières»
Librairie Arthème Fayard
Paris, 1972
622 pags.




O agente provocador, esse moedeiro falso, esse ´judoka` das lutas tenebrosas, há de ficar sem dúvida o negativo do herói dos nossos tempos.
A provocação policial representa um dos símbolos mais notáveis da inteligência pervertida, mais virada para as sombrias ratoeiras que para a pesquisa clarificadora!



ÌNDICE


I - PARTE - UM MÉTODO QUE DEU AS SUAS PROVAS


II - PARTE - PARA QUE SERVE A POLÍCIA


III - PARTE - AS DERRAPAGENS DA ´OKRANA`  CZARISTA


IV - PARTE - OS CAMINHOS SANGRENTOS DA RÚSSIA VERMELHA


V - PARTE- AS ÁGUAS TURVAS DO ESTADO FRANCÊS


VI- PARTE - O «AMERICAN WAY OF LIFE»


NOTA: O CAPÍTULO XXI DA V PARTE, TEM INTERESSE PARA A COMPREENSÃO DO MAIO DE 68!
              (Quatro meses de provocação)


Conclusão
Caminhos para uma civilização total ou para uma sociedade totalitária?


De o «Maio 68»

«Os militantes dos grupúsculos revolucionários, esses que não precisam rever o ABC da provocação, esfregam as mãos. O desencanto, o cansaço da maior parte da base, os abusos de alguns, tinham-nos isolado progressivamente da massa dos indecisos. A 'irrupção' intempestiva dos 'chuis', odiados vai criar uma nova unidade inesperada. 
«isto voltou a desencadear-se como em ´14´, aplaudiu um deles, e disse outro: «Intervindo em Nanterre as forças policiais enfiaram um grande barrete.

O ministro do Interior ajustou bem o tiro: a violência estudantil agarra-se mais à memória das pessoas que a das forças da ordem e isto tanto quanto a imprensa mais falou daquele.

Graças às pedras de Nanterre que acabaram por impor a imagem dos estudantes-possessos, agora nada se opõe que a 'repressão seletiva' seja aplicada. Os moderados estão suficientemente impressionados para lhes deixarem as mãos livres apesar de mostrarem pouco entusiasmo. Ultrapassou-se um obstáculo.

Mas ainda há mais, o estado de espírito mudou depois de Maio de 68. A nostalgia das barricadas e da grande greve de Maio de 1968 faz que muitos tenham adquirido o aborrecido hábito de trazer para a rua os seus murmúrios.

Instalou-se uma verdadeira mentalidade pré-insurrecional!







«A Religião Como Teoria da Reprodução Social» - Raul Iturra

       
                                Para todos os que trabalham comigo em equipa, aos
                                quais gostava explicar o título deste volume com um
                                ditado que um vizinho de uma aldeia de Trá-os-Montes
                                me ensinou: «Nacasa onde não há pão, todos ralham e
                                ninguém tem razão.»








        «A RELIGIÃO 
          COMO TEORIA DA 
         REPRODUÇÃO SOCIAL»

'Ensaios de antropologia soial sobre religião,
               pecado, celibato e casamento

Raul Iturra

Revisão:
Álvaro Antunes
Capa:
João Frade
Sobre ilustração de El Greco,
´O Enterro do Conde de Orgaz`
O Saber da Antropologia - 1
Escher
Lisboa
Outubro de 1991
199 pags




A cultura cristã, descendente de Judeus e Gregos, conserva por escrito a memória da construção das relações sociais e com o resto da natureza. Esta memória escrita é derivada da prática de existência histórica das pessoas e é normalmente transmitida de forma oral, dada a falta de treino da população nas técnicas letradas.
Factos sociais tais como, casamento, celibato, organização do ciclo doméstico, controlo ético da conduta por meio do conceito de pecado estão processualmente consignados nas formas não escritas da História, que nós chamamos Religião.

As ideias aí teorizadas pelas pessoas exprimem-se quer em normas conjunturais e manipuláveis, quer em formas imaginárias de hierarquizar pessoas, decidir o seu objetivo na vida, bem como de criar um prolongamento da mesma que venha a aliviar a dor que a finitude e a fragilidade do tecido social e histórico criam na mente humana.
Os dados que este livro apresenta, recolhidos através de anos de trabalho em aldeias rurais, galegas e portuguesas, são confrontados com as formas escritas do comportamento, cuja prática, modifica sistematicamente a rigidez da norma.

No fim, a cultura cristã, apocalíptica e messiânica, imagina todo o indivíduo como um penitente que deve dar conta dos seus atos à vontade externa que inventou através do tempo para definir o seu agir histórico; penitente que antes de o ser vive com certa culpa a construção de uma vida que se caracteriza pela transgressão ao que diz praticar!


                                                ÍNDICE

Nota introdutória
Prefácio
A religião como teoria da reprodução social
Práticas religiosas em Portugal
Fatores de reprodução sicial em sistemas rurais: trabalho, produção e pecado em
     aldeias camponesas
O pecado através dos tempos
Economia e religião nas culturas letradas: o pecado como conceito de reprodução
       social
Estratégias de reprodução: direito canónico e casamento numa aldeia portuguesa
      (1862-1983)
Casamento, rirual e lucro: a produção dos produtos numa aldeia portuguesa (1862-
         -1983)
A reprodução no celibato
O não casamento como estratégia de reprodução numa aldeoa portuguesa (1864-
     -1983)
O celibato como sistema reprodutivo de pessoas, bens e saberes em aldeias cam-
      ponesas
O grupo doméstico ou a construção da reprodução social

      




«A Vida depois da morte» - ´Novas pesquisas Parapsíquicas`




 «A VIDA 
DEPOIS DA 
MORTE»
´NOVAS PESQUISAS 
  PARAPSÍQUICAS`
ALAIN SOTTO
VARÌNIA OBERTO

TRADUÇÃO: TORQUATO FERNANDES
PORTAS DO DESCONHECIDO - 5
PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA
Edição n.º 32005/2557
195 pags.
TÍTULO ORIGINAL: 
«AU-DELÀ DE LA MORT»
PRESSES DE LA RENAISSANCE, 1978





Que acontece àqueles que morrem? A morte é um termo definitivo ou um ponto de passagem? Que existe para lá das portas que fecham o curso da existência terrena?


Eis outras tantas perguntas que desde sempre têm atormentado o homem a braços com o mistério da morte. Religiões e mitos deram a sua resposta - sem desvanecerem o enigma. Hoje, o homem dispõe de dados novos, mais terrenos, mas não menos surpreendentes. Pessoas que escapam de acidentes graves ou de doenças que as levaram ´às portas da morte` trazem-nos fascinantes mensagens que deixam entrever a existência de um além: e as experiências levadas a cabo em nossos dias com sujeitos ´psi` confirmam as ´provas aparentes` e possíveis da sobrevivência. De qualquer modo, podemos já hoje, com base nessas experiências, traçar uma verdadeira carta anatómica da morte!...


Este livro é, sem dúvida, um dos mais atualizados trabalhos existentes sobre problemas do além. Está ilustrado com fotografias excecionais em extratexto (fantasmas, ectoplasmas, pinturas mediúnícas, clichês Kirlian...), apresentando assim a síntese das mais recentes investigações e dos espantosos resultados a que se chegou.


                                                  ÍNDICE

Introdução

Capítulo  I - Mensagens e mensageiros da morte
Capítulo II - Da agonia à sobrevivência. Testemu-
                      nhos de sobreviventes
Capítulo III - Biologia da morte. A fronteira desco-
                        nhecida
Capítulo IV - Fenómenos e pesquisas
Capítulo V - O duplo: exteriorização da consciên-
                      cia
Capítulo VI - Comunicação com os mortos?
Capítilo VII - Provas aparentes da sobrevivência.
                        Experimentação com os sujeitos 'psi'
Capítulo VIII - A morte-renascimento (a reencarnação)
Capítulo IX - Depertar para uma imortalidade

Anexos:

   I - Anatomia do além
  II - A experiência espírita
III - Fenómenos depois da morte: testemunho de um clari-
        vidente

Bibliografia



«A PARAPSICOLOGIA» - PROF. H. VAN PRAAG





«A PARAPSICOLOGIA»
     PROF. H. VAN PRAGG

TRADUÇÃO: CASCAIS FRANCO
PORTAS DO CONHECIMENTO
PUBLICAÇÕES EUROPA-AMÉRICA
Edição n.º 32 013/2670
TÍTULO ORIGINAL: «INLEIDING TOT de PARAPSYCHOLOGIE»
ELSEVIER NEDERLAND, B.v.
AMSTERDAM
150 pgs




Transmissão de pensamento, telecinese, emoções, músicas inspiradas, teletransporte, cálculo mental, eis outros tantos fenómenos bem reais e controlados que vão chegando ao conhecimento do grande público e despertando nele um interessa crescente por uma nova ciência chamada «parapsicologia».

Se, nalguns casos, tal interesse tem como móbil o culto dos poderes mágicos, em muitos outros há o desejo legítimo de desvendar os segredos dum campo desconhecido onde se situam capacidades que escapam aos postulados positivistas.

À semelhança do yoga, do budismo-zen e do sufismo, a parapsicologia está na moda. é obvio que o interesse manifestado por esta disciplina resulta de uma reação contra o racionalismo da ciência oficial.

Esquece-se, no entanto, com demasiada facilidade que a Parapsicologia não é uma teoria oculta, mas uma ciência empírica que deve conformar-se às exigências rigorosas do raciocínio e da verificação científicos. É este traço que lhe confere a sua função particular de ´ligação` entre o domínio da ciência e o do culto. Ela deve restringir-se a estudar estes fenómenos no âmbito da pesquisa científica, com os métodos das outras ciências experimentais.

                                
                                                  ÍNDICE

Prefácio
1. Introdução
2. Do normal ao paranormal
3. Csos-limite
4. Informação e energia
5. Domínio da parapsicologia
6. Observações de casos paranormais t´picos
7. O método da parapsicologia




sábado, 28 de maio de 2011

«Fogo Grego» - Olivier Taplin

                                                                      Para T.H.

                               «Não de regresso aos Gregos, mas em frente com os Gregos»








«Fogo Grego»
      Olivier Taplin

Tradução: Ana Maria Pires, Cristina Duarte, Cristina Peres
                   Eduarda Ferreira, Jorge Pires e Luís Maio
Revisão de texto: Manuel Joaquim Vieira
Capa: Armando Lopes
Fotografia da capa de Jorge Barros
RTC/Gradiva
1ª Edição: Novembro/1990
Depósito legal n. 41 369/90
ISBN: 972-662-191-7
271 pgs

Título original:
«Greek Fire»
Oliver Taplin
Jonathan Cape LTD.





O fogo grego servia para destruir as embarcações inimigas. Diz-se que permanecia aceso debaixo de água, submerso num elemento contrário.
Neta obra original e estimulante, Olivier Taplin emprega o termo como uma metáfora para a admirável elasticidade da Grécia Antiga, cuja influência se manteve durante mais de dois milénios, frequentemente submersa em culturas muito diferentes.
O fogo grego tem a capacidade de trazer o benefício e o prejuízo, pode estar à superfície ou encontrar-se escondido e, como qualquer matéria semilendária, não tem importância por aquilo que foi na realidade, mas sim por aquilo que dizem ter sido.

O livro explora tudo o que sobreviveu da Grécia Antiga e como o mundo moderno se inspirou, reagiu, imitou, transformou, parodiou, reciclou, subverteu ou recebeu a cultura grega,
O autor mostra como uma nova visão do ideal grego - muito diferente da dos pintores renascentistas ou dos arquitetos vitorianos - flutua nas nossa vidas e o que pode o fenómeno significar para nós à medida que avançamos no tempo!




Olivier Taplin, membro e professor do Magdalen College, em Oxford. Escreveu dois livros sobre a tragédia grega e colaborou em numerosas produções teatrais. Decidiu-se, em boa hora a escrever sobe a 'Ilíade' de Homero, enquanto apresenta uma série de programas sobre a 'Odisseia' !


Nota: Obra primorosamente encadernada, de 271 páginas e ´profusamente ilustrada` !...


«Iniciação à Ciências dos Mitos» - VIictor Jabouille






       «Iniciação à 
 Ciência dos Mitos»
        Victor Jabouille

da Faculdade de Letras 
da universidade de Lisboa

      2ª edição 
revista e atualizada
Inquérito Universidade
Capa: estúdios P. E.  A.
Editorial Inquérito
Lisboa
1986 - 1994
114 pags.
ISBN: 977-670-215-1
Edição nº.: 821007/1854
Depósito legal nº: 74818/94



A meditação sobre o mito principiou no Ocidente, com os Gregos, que se debruçaram sobre a sua mitologia não só para se deleitarem com a poesia, como para se tentarem compreender criticamente. Não nos podemos, porém, esquecer de que existem outras culturas com a sua mitologia própria. E não se deve ignorar, por outro lado, a concretização mitológica contemporânea, os «novos mitos» que surgem, que nos cercam e que nos definem: James Bond, Mickey Mouse, Superman, Rrambo, a sociedade sem classes, o sexo, a política, a guerra das estrelas, etc.

Referente cultural, o mito atualiza-se, permanece vivo; por vezes adormecido, pode surgir numa erupção violenta e construtiva. A sua análise, neste sentido, permite, além da apreensão do homem individualizado, compreender o homem enquanto ser gregário, isto é, como sociedade. E são os mitos atuantes nas várias épocas que especificam o conhecimento da sociedade. 

Materializado na literatura, na pintura, na escultura, na tradição popular ou no quotidiano, o mito é, em suma, uma realidade que se assume como um meio de o Homem se ´conhecer a si próprio` .