sexta-feira, 15 de outubro de 2010

«História da Revolução Francesa -Lopes D'Oliveira - 2 vols.




«HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO FRANCESA» 
                    LOPES D'OLIVEIRA

1º VOLUME:  AS SUAS CAUSAS * OS ESTADOS GERAIS * A ASSEMBLEIA NACIONAL                                 CONSTITUINTE (336 Págs.)

2º VOLUME: A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA * A QUEDA DA REALEZA * A CONVENÇÃO
                        NACIONAL (935 Págs.)


1ª EDIÇÃO - 1945
2ª EDIÇÃO - 1965
EDITORIAL MINERVA




Como já há bastante tempo aqui referimos, o nosso único propósito consiste. só e somente. colocar à disposição das novas gerações e também dos mais velhos que não estejam imbuídos de ´presunção e água benta`, dizíamos as leituras por mim feitas e que para mim foram importantes!... Nada mais me move, muito mais entrar em ´polémicas`, se bem que como há dias aconteceu vir em ´defesa` de Óscar Lopes, não porque com ele concorde, mas porque sei quais as condições em que foi traduzida, apresentada, impressa e distribuída a «História da Revolução Francesa» de Alabert  Mathiez!...Tinha acabado de chegar ao Porto, vindo de Moçambique jovem de 16 anos tendo, com 11 anos, assistido à prisão de meu Pai por uma brigada da PIDE, vinda para esse efeito de Lourenço Marques à Cidade da Beira e dirigida pelo Roquete, ex-guarda redes do Casa-Pia que se internacionalizou nos Jogos Olímpicos de 1928! Mais tarde, eu próprio fui preso e encerrado em Caxias, juntamente com o saudoso José Bernardino (1962)! E por aqui fico!
A enorme obra de história que hoje vos proponho, foi escrita com Amor e é de cariz positivista, factual, bem longe dos ´Annales`, das ´Mentalidades`, de Fernand Braudel e da ´Nova História`! Contudo numa época dita da ´suspeição`, da ´hermenêutica` e da ´pós-modernidade`, talvez não seja despiciendo´ queimar as pestanas` e mergulhar nos ´factos`!


Dada a imensa produção deste homem simples e erudito que é Lopes D'Oliveira, quase ignorado na Internet, tomamos a liberdade de transcrever a excelente descrição do autor e da obra que encontramos graças ao Prestimoso ´Google Quick Scroll` :




JOSÉ LOPES DE OLIVEIRA

Nasceu em Vale de Açores (Mortágua) em 25 de Dezembro de 1881. Filho de João Lopes de Oliveira e Maria Adelaide de Jesus.

Filho de gente humilde, cedo teve que lecionar para fazer face às despesas. O seu padrinho, pai do escritor Tomás da Fonseca, vendo nele qualidades de estudo e inteligência, ajudou-o bastante. Ainda jovem estudante colaborou em jornais, revistas e panfletos, sendo considerado pelo amor ao estudo e pela defesa que fazia dos seus ideais republicanos. Assim se tornou um prosador forte, sugestivo e original, com qualidades superiores de escritor.

Fixou residência na Parede, concelho de Cascais e lecionou no Liceu Passos Manuel, até ao limite de idade.

Frequentou a Universidade de Coimbra onde se licenciou em Direito em 1905. Foi professor de História e Geografia no Liceu de Viseu.

Ainda jovem estudante, colaborou em jornais, revistas e panfletos e mais tarde, como professor em Viseu, publicou alguns artigos em jornais como A Beira, Sol Nascente e Correio de Mortágua, estes dois últimos publicados em Mortágua. Assim se tornou um prosador forte, sugestivo e original, com qualidades superiores de escritor.

Em 1910 foi professor de História Universal no Liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde atingiu na sua vida académica a função de reitor em 1920. Os seus alunos tratavam-no por 'Pai Lopes'. Terminou a sua atividade como docente em 1946.
Após a proclamação da República foi nomeado diretor da Escola Normal de Lisboa. 
Em 1912 é relator de uma tese sobre Educação Cívica na Escola Primária, apresentada no III Congresso Pedagógico.

Em 1913 foi presidente da Comissão Revisora de Livros Didáticos das escolas primárias. O trabalho da referida comissão, teve como resultado a elaboração de um relatório, que é um documento que permite a compreensão deste processo, e onde estão claras as alterações pretendidas, tanto ao nível das finalidades do ensino da história como dos respetivos procedimentos metodológicos.

Politicamente, fez defesa dos ideais republicanos, tendo sido militante do 'Partido Republicano Português' até 1920. 

Foi Chefe de Gabinete de Bernardino Machado. 

Foi convidado para Ministro do Governo Provisório, convite que recusou.
Em 1923 ingressou no 'Partido Republicano Radical', fazendo parte do seu diretório e seu presidente a partir de 1925. 

Em 1949 prefacia a obra de Tomás da Fonseca, Memórias de um Chefe de Gabinete.

Foi iniciado na Maçonaria em Coimbra, na Loja Portugal, em 1906, com o nome simbólico de Rousseau.

Morre em Parede (Cascais) a 3 de Agosto de 1971. 

Obras publicadas: 
Intelectuais: I – Bernardino Machado, Lisboa, 1902.
Intelectuais: II – Camilo Castelo Branco, Lisboa, 1902.
Intelectuais: III – Fialho de Almeida, Lisboa, 1903;
A Justiça e o Homem, Coimbra, 1904;
O Poeta Cavador Manoel Alves, Coimbra, 1906 (em colaboração com Tomás da Fonseca);

Das Últimas Gerações. Sousa Costa, Lisboa, 1911;
“Educação Cívica na Escola Primária” in III Congresso Pedagógico, Lisboa, 1913;
Por Terras de Portugal, 1930;
História do Regímen Republicano. A Propaganda Republicana, Lisboa, 1934;
Memórias. Guerra Junqueiro, Lisboa, 1938;
Rema Sempre! Memórias, Crítica, Paisagem, Lisboa, 1940;
Quadro da História Universal: Evolução da Humanidade, Lisboa, 194?;
As Grandes Figuras da Humanidade – História Geral da Civilização(Direcção e colaboração), 5 vols., Lisboa, 1944-1945;
Eça de Queirós. História das suas obras contadas por ele próprio, Lisboa, 1944;
…E mesmo contra a Maré!, Lisboa, 1945;
História da República Portuguesa, Lisboa, 1947;
Retalhos dum Julgamento, Lisboa, 1954;
Guerra Junqueiro. A sua vida e sua obra, Lisboa, 1954-1955;
História da Revolução Francesa, 2 vols., Lisboa, 1965;

Colaborou com Rocha Martins na coleção Cadernos Históricos, onde publicou diversos estudos como:
- A Democracia. Sua origem, sua eclosão e seu triunfo, os direitos do povo. A Casa dos Vinte e Quatro;
- A Liberdade Portuguesa (1820);
- Páginas Desconhecidas. Oliveira Martins;
- A Primeira Constituição Portuguesa;
- A Revolução de 5 de Outubro de 1910;

Conhecem-se colaborações suas nos seguintes órgãos da imprensa diária portuguesa:
- O Debate, Jornal Republicano da Noite, Editor: João Pedro dos Santos, Lisboa, 1920;
- A Democracia, Diário do Partido Republicano Português, Dir. João Camoesas, Lisboa, 1921; 
- Diário do Povo, Dir. José de Macedo, Lisboa, 1925;
- Diário Popular, Diário Republicano da Manhã, Dir. Celorico Gil, Lisboa, 1929-1930;
- A Montanha, Diário Republicano da Manhã, Dir. A. F. Seixas Júnior, Porto, 1911-1936;
- O Povo, Diário Republicano da Manhã, Dir. Ricardo Covões, Lisboa, 1911-1916;
- A República Portuguesa, Diário Republicano Radical da Manhã, Dir. Luís da Câmara Reys, Lisboa.
- República, Dir. António José de Almeida, Lisboa, 1911- 1975;

Colabora também em inúmeras revistas como:
- Atlântida, Dir. João de Barros e João do Rio, Brasil-Portugal,1915-1920;
- Ave Azul, Dir. Carlos de Lemos e Beatriz Pinheiro, Viseu, 1899-1900;
- A Crónica, Dir. Luís da Silva e Santos Júnior, Lisboa, 1900 a 1906;
- Germinal, Dir. J. Gonçalves e A. Basto, Porto, 1901-1902;
- Ilustração, Dir. João da Cunha de Eça e Artur Brandão, Lisboa, 1926-1939;
- Livre Pensamento, Coimbra, 1905;
- Nova Aurora, Dir. Domingos de Castro, Tábua, 1900-1901;
- Revista Nova, Dir. Apto de Oliveira, Lisboa, 1927;
- Terras de Portugal, Dir. Gomes Barbosa, Lisboa, 1925-1935.

A.A.B.M.


http://arepublicano.blogspot.com/2007_12_01_archive.html


http://republicamortagua.blogspot.com/2010/03/as-escolas-livres-no-concelho-de.html




1 comentário:

  1. se não aqui, onde? - a pergunta para muitos dos livros que aqui são postados.

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