domingo, 16 de novembro de 2008

«Cavalgar o Tigre» - Julius Evola

«Orientações existenciais para uma época da dissolução»

'No meio de ruínas'
'Imperativo'
'Urgente'
'Aprender a cavalgar o tigre'






      «CAVALGAR O TIGRE»
   «CHEVAUCHER LE TIGRE»
'Orientações existenciais para 
  uma época de Dissolução'

          Julius Evola


Traduzido do italiano por
   Isabelle Robinet

Litterature et Tradition - 12

La Colombe
Éditions du Vieux Colombier
Paris- 1964
283 págs.
 
«Cavalcare il Tigre`
Edizioni Mediterranee
D-L. , 2-1964
Editor, nº 896
Impr., nº 3.346


'É inútil criar ilusões com as quimeras de qualquer otimismo: encontramo-nos hoje no fim de um ciclo. Desde há séculos que, primeiro insensivelmente, depois com a rapidez de uma massa que se desmorona, variados processos têm vindo a destruir no Ocidente todo e qualquer ordenamento normal e legítimo dos homens e a falsear as mais elevadas conceções do viver, do agir, do conhecer e do combater. E ao motor desta queda, à sua vertigem, à sua velocidade, foi chamado «progresso».
O que hoje conta é isto: encontramo-nos no meio dum mundo de ruínas. E o problema a pôr é este: existem ainda homens em pé no meio destas ruínas? E que é que eles podem e devem ainda fazer?
Julius Evola, «Orientamenti», Roma.

'Cavalgar o tigre'
A fórmula escolhida, por Julius Evola, «Cavalcare il Tigre» (Cavalgar o Tigre), é extremo-oriental. É o título dste famoso livro!

Cavalgar o tigre significa que se, paradoxalmente, alguém for bem sucedido ao montá-lo, impede desde logo o tigre de se lançar sobre si, e se conseguir manter-se nele montado, tirar partido dessa proeza. Quer dizer que quem vive neste tempo sombrio (Kali-Yuga), e tem disso consciência, pode descobrir «orientações existenciais para uma época de dissolução» ou , o que é o mesmo, «manter-se em pé no meio de ruínas».
Este simbolismo aplica-se em vários planos: Pode referir-se a uma linha de conduta a seguir no que respeita à vida interior, mas também à atitude que convém adotar quando certas situações críticas se manifestem no plano histórico e coletivo.
É este o caso. O homem «tradicional» (entenda-se espiritual) deve enfrentar os problemas do mundo moderno, da sua incoerência, do seu niilismo radical, da sua louca «complexidade». Um homem novo deve emergir do descalabro duma civilização votada à morte, um homem novo numa sociedade harmoniosa.



2 comentários: