quinta-feira, 21 de julho de 2011

«Factores de Eficiência em Investigação Científica» - Jaime Pinto







«FACTORES DE EFICIÊNCIA EM
 INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA»

  JAIME PINTO

EDIÇÕES COSMOS
LISBOA - 1969



Pequeno livro - na sua extensão de páginas. Livro grande - julgado quanto à oportunidade e relevância do assunto tratado. Grande livro, se meditarmos acerca dos períodos e das páginas de densa, constante e judiciosas críticas e se nos debruçarmos sobra a sua formulação doutrinária, esta concernente a uma atuante e operante investigação científica em nosso país, na altura em que foi editado. Deste passo, livro de crítica e doutrina.

Pequeno livro, ele continua em «Edições Cosmos», embora num ângulo mais especializado, o pensamento de uma outra grada figura de Cidadão. de Homem de Pensamento e de Ciência: o Professor Bento de Jesus Caraça. Relembremos o que o Mestre escreveu, em Maio de 1941, no prefácio de apresentação de «Biblioteca Cosmos»:

  «É toda uma vida nova a construir, dominada por um humanismo novo» - «quando falamos de humanismo novo, entendemos como um dos constituintes essenciais este elemento de valorização - que o homem, sentindo que a cultura é de todos, participe, por ela, no conjunto de valores coletivos que há de levar à criação da Cidade Nova.»

Naquela época, se em Portugal os círculos científicos, os estudantes, as revistas de ideias, a imprensa diária estivessem atentos aos problemas nacionais, na sua mais alta expressão, o aparecimento deste livro poderia vir a ser o cerne para a discussão dos problemas do ensino da Ciência e da Investigação Científica em nosso país. A isto, válida objeção poderia ser feita: em termos sociológicos, o facto de os projetores da informação serem quase sempre apontados para um desafio de futebol, um campeonato de canções, deixando na penumbra, quando não na escuridão, os fundamentais problemas nacionais, nada mais é do que uma das facetas do nosso subdesenvolvimento - o subdesenvolvimento cultural.

Reconheçamos a pertinência desta objeção, mas acreditamos, também, que começavam então a aparecer, com uma nova tomada de posição na panorâmica nacional (necessidade de se passar a um tipo de economia industrial) , solicitações para a consciencialização dos nossos problemas de base.

No prefácio de um velho livro do «Século das Luzes»  deparamos com uma síntese admirável acerca da missão criadora do livro:
   
                       «Vai livro, segue estradas e caminhos; continua por meses, anos, séculos.
                              Provoca a discussão, a crítica. Incendeia o debate - para além da nossa
                              curta vida. Dá vida à Vida:»


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