Por «Weltanschauung», expressão imperfeitamente traduzida para o português como conceção do mundo ou visão da vida e do cosmos, entende-se uma forma de sentir e perceber o real e reagir em face da vida, que apresenta uma série de soluções ordenadas para os problemas capitais que nos ocorrem e solicitam.
Ora, isso tanto nos pode dar o conhecimento vulgar, e é o que habitualmente ocorre com a maioria dos homens, os mais refinados a tal se referindo como sua «filosofia de vida», os menos, como seu «modo peculiar de ver as coisas»: -como a arte, a religião, a ciência ou a filosofia. Esta última implica uma «Weltanschauung», que para a diferenciar da que nos proporciona a arte, a religião, a ciência ou o conhecimento empírico, devemos rotular de filosófica, aparecendo como tal, com todas as características do pensamento filosófico e pois identificando-se com a filosofia.
Apenas, uma «Weltanshauung», mesmo a do filósofo, não será exclusivamente filosófica, senão que incluirá uma preferência artística, talvez um credo religioso, determinadas bases de conhecimento científico e, -por que não?- uma forte dose de saber empírico.
Assim, se «Weltanschauung« e filosofia se não identificam, têm, entretanto, em comum este ponto: que ambas são formas de enfrentar, conceber e sentir o real e a vida, embora aquela habitualmente incorpore uma visão extra filosófica desses objetos.
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