sábado, 27 de maio de 2023

«Maio e a Crise da Civilização Burguesa» - António José Saraiva


 


 «Maio e a Crise 

da Civilização 

        Burguesa»

António José Saraiva

Obras 3

1ª edição, Julho de 1970

Publicações Europa-América

Edição nº 27 003/1523


   «... mas quem me manda olhar por cul-

pas nem desculpas, que o Livro não hà-de

ser senão do que vai ser escrito nele»

                                  BERNARDIM RIBEIRO


Escrito com aquela agudeza de argumentação que é peculiar a António José Saraiva, ousada sob muitos aspectos, 'Maio e a Crise da Civilização Burguesa' é um livro essencial para a compreenção das evoluções da mentalidade e da 'civilizção' burguesas, postas em cheque durante a grane crise de Maio de 1968 e em todos os seus planos de actividade. Num extenso e notável posfácio, em que António José Saraiva, encarando de frente as fundas perplexidades do marxismo, nos explica os fundamentos desta obra, fica arquivado um dos melhores estudos deste ensaísta, a quem se devem já excelentes obras de divulgação e de erudição. No «'Diário' de um marginal» podemos seguir a par e passo a insurreição de Maio de 1968, num relato pertinente de cristalinas observações e de interpretações as mais judiciosas e oportunas.

Na bibliografia de António José Saraiva, esta obra, 'Maio e a Crise da Civilização Burguesa', vai ter ressonâncias particularíssimas, não só pelo tom fortemente polémico que a caracteriza, mas também pela forma como nas suas páginas se opera uma revisão assaz importante de muitos pontos de vista filosóficos e ideológicos.


POSFÁCIO - Em que o autor explica o título da 

                                      obra

«DIÁRIO» de JOÃO CÂNDIDO
O NOVO ADÃO

QUEM CHEGOU À LUA?

RELAÇÔES HUMANAS E SOCIALISMO BURGUÊS

NOTAS:

             A)   Sobre a independência da imprensa

             B)   Sobre a participação

             C)    O P. C. F. e a Resistência


Nota: Esta obra foi alvo de críticas radicais, vindas de sectores do PCP e outras   organizaçõs da esquerda comunista, pró-Moscovo e pró-Pequim, pois o autor tinha-se afastado criticamente do Comunismo!

São de notar as obras mais radicais na sua crítica agessiva e injuustas:


«Textos Polémicos» - por vários autores

                                     Edição Particular

«Sobre o Anti-Marxismo Contestatário»

                                    Sottomayor Cardia

                                                  Seara Nova


Pós-Nota: Na verdade nem Sottomayor-Cardia, nem nenhum dos outros foi capaz de intuir, tal como muitos outros, quer na Europa, quer nos EUA, aquilo que só pessoas com a sensibilidade de António José Saraiva apreendeu.

AJS, a págs. 45-46 afirma: 

Maio de 68 em Paris foi uma premonição. Instituições e políticos de vários horizotes quiseram canalizar para o seu moínho esse dilúvio - tão breve - de alegria criadora!

......

As ideologias não resistirão mais que areia. E talvez então se torne visível o que hoje aos nossos olhos é enigmaticamente opaco!


https://skocky-alcyone.blogspot.com/2021/

https://journals.openedition.org/lerhistoria/6116?lang=en

https://www.e-cultura.pt/artigo/22629